segunda-feira, 24 de agosto de 2015
ELEIÇÕES PARA QUÊ?
Em democracia é suposto haver eleições. Mas para quê? Naturalmente para apurar da vontade popular. E para que queremos nós saber da vontade popular? Para que dela saiam os governantes que vão decidir do nosso destino, como soi dizer-se. Se o poder reside no povo, deve ser naturalmente o povo a decidir quem nos governará e de que maneira o deverá fazer. Mas se a forma e o conteudo da governação nos é imposto por outros que não a vontade popular, valerá a pena perguntar ao povo quem nos deverá governar e de que maneira o deverá fazer? Aqui está o busilis desta magna questão que nos atormenta.
Tivemos a recente experiencia da crise grega que nos mostrou que, apesar da vontade popular dos gregos que votaram num governo anti-europeu e anti-capitalista para os governar, acabaram vinculados aos ditames da organização donde lhes vem o dinheiro necessário para sobreviver. Chegou-se mesmo ao paradoxo de ser o governo extremista de Tsipras que mais e melhor conseguiu negociar a salvação da Grécia duma bancarrota fatal e incontornável.
Não serão as eleições apenas um pretexto para mudar os agentes do poder (pois disso se trata) sem revoluções nem agitações e excessos inuteis delas derivados (sabemos bem do que falo) que só perturbam o normal desenrolar dos negócios que no fundo são a máquina que faz andar este mundo (como antes eram as guerras)?
Mal comparado, será como recomeçar a nova época do campeonato nacional de futebol, onde as regras permanecem as mesmas dos anos anteriores, os clubes os mesmos (com pequenas e insignificantes alterações) e as equipas potencialmnete vencedoras não se alteram. Umas vezes ganha o Benfica, outras o Porto e uma que outra vez o Sporting. O PS é do Benfica (é o maior), o Porto é do PSD (carago) e o Sporting é do CDS (a malta fina). Já pensaram o que seria se as pessoas (fartas do futebol com as suas manhas, arbitragens falsificadas, ordenados excessivos, dopings e vicios escondidos, etc. etc.) deixassem de ir ver os jogos, discuti-los na televisão e nos jornais e mandar essa malta toda às malvas, o que seria de nós? Acabava Portugal.
ALBINO ZEFERINO (em dia de reflexão profunda) 24/8/2015
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