quarta-feira, 25 de abril de 2012

O FIM DO 25 DE ABRIL

Passados 38 anos sobre a Revolução dos cravos
parece ter chegado ao fim o regime que esta veio implantar no nosso
país. O manifesto desespero dos comunistas e dos sindicatos
relativamente às medidas impostas pela troika, secundados pela
rejeição de participar nas comemorações oficiais no Parlamento de
Alegre, Soares e de mais alguns saudosos socialistas empedernidos,
como reacção à "destruição sistemática dos direitos adquiridos" levada
a cabo pelo governo, mostra à evidência que o fim deste triste período
de alegre coboiada está a chegar ao seu fim.
Como tudo na vida há um principio e um fim. E o fim
chega quando as circunstancias que lhe deram origem deixam de fazer
sentido. O 25 de abril surgiu como um fenómeno reactivo a uma situação
que tinha morrido 6 anos antes com a queda de Salazar. As suas
consequencias foram porem terriveis para Portugal. Sem preparação
cívica, os portugas foram arrastados para um novo mundo cheio de
promessas de igualdade e de venturas sociais. E só tarde compreenderam
o logro em que tinham caído. Porém, nem mesmo assim recusaram o
pântano em que os fizeram viver. Falar contra as "conquistas da
revolução" era socialmente incorrecto. Foi preciso que os estrangeiros
virassem a sua atenção sobre nós (se não fosse a dívida incontrolável
que contraimos nem sequer se dariam a esse trabalho) para que toda
esta salsada lusitana fosse posta em causa. O nosso regime é
democrático (isto é, o poder reside no povo) desde que não sejam
postos em causa "os direitos adquiridos" e as "amplas liberdades"
alcançadas pelas hordas de energumenos conduzidos como cabras num
rebanho pelos traidores comunas do 25 de abril que roubaram e
saquearam impunemente os desgraçados compatriotas que honesta e
diligentemente amealharam as suas poupanças de uma vida inteira de
trabalho árduo e sério.
Hoje, depois dos ricos terem sido espoliados, aqui-
del- rei que já não há mais dinheiro para alimentar os vícios
adquiridos espuriamente pelos revolucionários e seus esfaimados
seguidores desde há 38 anos atrás, à custa de roubalheiras de todo o
tipo, desde saques legais a bens e propriedades alheias até aos
vencimentos e às reformas milionárias dos chamados gestores publicos
(espécie de gente nascida nas grutas do ocultismo fascista mas já
criada à sombra do desvairio abrilista) à custa das poupanças dos
trabalhadores sérios e honestos que hoje recebem reformas de miséria
por causa das roubalheiras dessa gente.
Apesar da intervenção da troika (eufemismo criado
para denominar os nossos credores) ainda há quem pense que o abrilismo
ainda vive e que por isso há que continuar a festejá-lo. Pobres
diabos! Ainda não perceberam que estão embarcados num navio que se
está afundando por causa deles e que, ou ordeiramente se encaminham
para as baleeiras para ver se encontram ainda algum lugar vago para
escaparem a uma morte certa e trágica, ou vão alegremente para o fundo
com a nave que ajudaram a afundar. Alguns socialistas (os mais novos e
esclarecidos) já perceberam o trágico dilema em que se encontram, mas
grande parte deles ainda não, perdendo o seu tempo e esforços em
ataques suicidas ao seu líder que, pertencendo ao grupo dos que já
realizaram a grandeza do sinistro, já estará mais do que arrependido
de se ter metido na camisa de onze varas que é hoje a presidencia
socialista. Soares, oportunista e manhoso como sempre, já está a ver o
filme e a coberto duma pretensa reacção, está a por-se à margem de
atitudes que o poderão prejudicar a prazo. Não foi por acaso que
chegou a ser presidente, primeiro ministro, deputado dentro e fora do
país, etc, etc. e transformou uma escolinha de bairro num conglomerado
financeiro que o tornou a si e à sua familia nos novos milionários do
regime abrilista.

ALBINO ZEFERINO
25/4/2012

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