terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
A INTERMINÁVEL CRISE
Será que esta crise nunca mais acabará? Tudo parece indicar que sim. De cada vez que a troika vem a Portugal em vez de nos trazer boas noticias pelo contrário descobre mais buracos e empurra-nos cada vez para mais longe. Agora parece que será só em 2015 que as contas poderão ficar acertadas. Mas parece tambem que entretanto já estaremos aptos a reentrar nos mercados. Por um lado dizem que estamos atrasados na nossa recuperação, mas por outro, reconhecem que a nossa capacidade de pagar as dívidas está recuperada. Em que ficamos?
Jugo que a questão aqui é outra. Com a Europa em crise e sem fim à vista (agora são os italianos que, eleições feitas, parece que ainda estão piores do que antes) os nossos amigos alemães gizaram um original plano para tomar conta definitivamente da Europa (diz-se que não há duas sem tres). O plano é simples (como o raciocinio germanico) e consiste no seguinte: os bancos alemães emprestam dinheiro ao mecanismo europeu de resgate aos Estados em falência, que por sua vez o emprestam aos seus bancos falidos para que estes possam pagar as suas dividas aos bancos alemães. É uma espécie de jogo de bilhar feito de carambolas. No final do processo o dinheiro volta para donde saiu, mas com juros e deixando os países por onde passou mais dependentes dos alemães, que no decurso do processo se imiscuiram entretanto na gestão das dívidas. A crise só terminará quando a liderança europeia da Alemanha estiver consolidada e os países comunitários submetidos aos ditames germanicos. Desde a conferencia de Berlim no final de séc.XIX que a Alemanha optou por ganhar colónias perto de si, em vez de as procurar no ultramar, deixando essa tarefa aos chamados países descobridores.
Quando a situação estiver controlada, então a Alemanha preocupar-se-á em resolver os problemas estruturais que possam por em causa o processo europeu, que nessa altura será já alemão. Como será então isso feito? Dois problemas se destacam pela sua generalização e pela sua dimensão: o sobreendividamento dos países e o crescimento exponencial das prestações sociais resultantes do aumento generalizado do desemprego. Com a recessão económica (nalguns países já se fala em depressão) o desemprego tende a aumentar e com ele o aumento da despesa publica em prestações sociais. Para fazer face ao aumento da despesa publica, os Estados têm por sua vez que endividar-se cada vez mais. É uma espécie de circulo vicioso que só terminará quando a solução for globalizada. E a Alemanha só o fará quando tiver o controlo absoluto da Europa. Sem dimensão europeia (lebensraum) a Alemanha soçobrará num mundo globalizado e multipolar. Não lhe interessa assim que a UE se desmembre. Apenas que se adapte aos seus interesses.
A forma de a Alemanha combater na altura própria estes flagelos tambem é simples. O sobreendividamento passará a ser interno e apenas a um credor, a Alemanha, que através dele controlará as economias dos seus devedores. Já quanto ao desemprego causador de despesas sociais crescentes, ele será combatido através da mutualização da segurança social. Á semelhança do que hoje ocorre para o desenvolvimento, serão criados uns QRENS destinados aos apoios sociais, onde os orçamentos nacionais participam em percentagens a definir com regras comuns harmonizadas em toda a União, de acordo com os interesses alemães e segundo regras por eles ditadas. Por isso, os nossos problemas de sobreendividamento não diminuem apesar de nos considerarem já aptos a reentrar nos mercados da divida. Sem que se chegue à completa germanização da UE, bem podem os PIIGS guinchar, que da Europa só lhes virão conselhos de amigo e esmolas controladas.
ALBINO ZEFERINO 26/02/2013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
PORTUGAL EXPLOSIVO
As recentes manifestações anti-governamentais animadas por cantigas revolucionárias sempre que ministros se deslocam fora dos seus gabinetes por parte de jovens desempregados desesperados pela ausencia de perspectivas que antevêem para o seu futuro, estão tornando-se numa rotina desagradável, não tanto pelo ruido que produzem, mas sobretudo pela imagem anárquica que transmitem da tradicional pacatez lusitana. Perante tais ruidosos desacatos, quem tivesse saído de Portugal há um ano e agora regressasse, poderia pensar que a situação social e economica portuguesa se tivesse degradado a tal ponto como ocorre na Grécia. Mas aparentemente não foi o que aconteceu. Portugal conseguiu descolar definitivamente da Grécia ao ponto de lhe ter sido recusado tratamento de favor semelhante ao que lhe foi concedido pelos seus credores. Então o que se passa verdadeiramente?
Os portugueses sempre foram conhecidos pelas suas originalidades. Foi a revolução original, é a originalidade das vitórias morais e demais originalidades definidoras de uma personalidade colectiva tacanha e complexada que caracteriza o portuguesismo desde que o rei D.Sebastião se ficou por Alcácer-Quibir. Ora a originalidade dos dias de hoje é a que se manifesta desta forma ruidosa e desagradável, sem verdadeira razão de ser que não seja a do impulso colectivo de uma frustração de classe muito própria dos estádios de futebol onde as claques reagem às derrotas dos respectivos clubes atribuindo as culpas aos árbitros em vez de culparem os jogadores pelas suas derrotas.
É certo que a volatilidade da politica europeia ainda não permitiu que se definisse com clareza o rumo da recuperação económica, mas tambem não restam duvidas sobre o enorme e original esforço (aqui sim, a designação é adequada) que este governo tem feito para que Portugal consiga sair airosamente desta crise que o assaltou. Foi pela primeira vez que se puseram em causa as intocáveis premissas económicas marxistas pelas quais o país se tem regulado desde há 38 anos e é por causa disso mesmo que estas e outras manifestações originais se têm verificado de cada vez que algum dos "direitos adquiridos" é beliscado (note-se, por exemplo, a originalidade da manifestação popular contra o abaixamento da TSU, logo aproveitada e papagueada à exaustão pelos esquerdistas da nossa praça). Dir-se-á então que vamos por bom caminho?
Eu não seria assim tão assertivo. A falta de coragem do governo demonstrada na não redução das chamadas rendas dos grandes monopólios (EDP, PPP`s, petrolíferas e outras empresas penduradas no Estado) bem como a perseguição aos institucionalmente desprotegidos a pretexto da salvação do Estado social, não augura a tranquilidade necessária e desejável ao processo de recuperação em curso. Haja coragem para levar as reformas até ao fim, com determinação e critério, sem desvios de rumo nem hesitações de consciencia. Não queiramos simultaneamente sol na horta e chuva no nabal. Sem sacrificios e sem riscos nada se faz. Não confundamos diminuição de gastos com aumento de receitas. Enquanto não se cortar nas despesas do Estado (autarquias, institutos publicos, segurança social, tropa, mordomias, excesso de funcionários publicos, etc. etc.) não conseguiremos chegar ao destino desta maratona longa e dificil. Haja saúde!
ALBINO ZEFERINO 23/02/2013
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
A CRISE E A AUSTERIDADE
TRES ACONTECIMENTOS DE RELEVANCIA POLITICA CONSIDERÁVEL OCORRERAM ESTA SEMANA EM PORTUGAL E QUE CONSTITUEM A MEU VER MOTIVO DE REFLEXÃO DETALHADA. REFIRO-ME À CARTA QUE SEGURO ESCREVEU A BARROSO NO RESCALDO DA COMÉDIA COSTA, À ESCANDALOSA INVESTIDA COMUNISTA CONTRA AS POLITICAS DE AUSTERIDADE E ÀS SUCESSIVAS BOIADAS SOFRIDAS POR RELVAS QUE ESTÃO A DENEGRIR INTOLERAVELMENTE A IMAGEM DO GOVERNO.
1.EXIGE PURA E SIMPLESMENTE SEGURO A BARROSO NUMA PESPORRÊNCIA DIFICIL DE ENTENDER NUM POLITICO CONTESTADO PELOS SEUS PRÓPRIOS CORRELEGIONÁRIOS E IGNORANTE DAS CONSEQUENCIAS DOS SEUS ACTOS POLITICOS NA JÁ DEPAUPERADA IMAGEM EXTERNA DESTE POBRE PAÍS: MAIS TEMPO PARA PORTUGAL PAGAR AS SUAS DÍVIDAS, COM JUROS MAIS BAIXOS DO QUE OS ACORDADOS E AINDA POR CIMA UM ADIAMENTO NO PAGAMENTO DESSES MESMOS JUROS.SERIA MAIS OU MENOS COMO SE MADAME SEGURO SE DIRIGISSE À MERCEARIA DO BAIRRO ONDE COSTUMA SERVIR-SE COMUNICANDO DE PASSAGEM AO MERCEEIRO QUE JÁ NÃO PAGARIA O FIADO PARA A SEMANA CONFORME AJUSTADO COM ELE MAS NO PRÓXIMO MÊS, COM JUROS MAIS BAIXOS DO QUE TINHA COMBINADO COM O HOMEM E AINDA POR CIMA COM UM PERIODO DE CARENCIA A DEFINIR.QUE RESPOSTA ESPERARIA? E SE AINDA SEM RESPOSTA PEDISSE MAIS FIADO AO MERCEEIRO? SERIA QUE O HOMEM, CANSADO DE TANTO CALOTE, FIARIA MAIS ALGUMA COISA À MADAME SEGURO?
2.MANCOMUNADO COM A INTERSINDICAL, O PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES PROSSEGUE A SUA DESESPERADA INVESTIDA GREVISTA CONTRA AQUILO QUE CLASSIFICA DE POLITICA GOVERNATIVA DA DIREITA DESTINADA A DESTRUIR AS CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO (POR SI SÓ RESPONSÁVEIS PELOS DESMANDOS E DESVIOS AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DESTE POBRE PAÍS À DERIVA). SEM QUALQUER ESPÉCIE DE VERGONHA, OS GREVISTAS ANUNCIAM OS PROTESTOS DE RUA PREVISTOS ATÉ AO INICIO DO PRÓXIMO MÊS. SÃO DEZ AS MANIFESTAÇÕES PROMOVIDAS PELOS COMUNISTAS EM ESCASSOS DEZ DIAS. UMA POR DIA EM MÉDIA E INTERLIGADAS ENTRE SI. TODAS NOS SECTORES DOMINADOS PELO PC: TRANSPORTES PUBLICOS, ESTIVA, PROFESSORADO E O NOVO MOVIMENTO "ÁGUA PARA TODOS". EM SUMA, 10% DA POPULAÇÃO REVOLTADA CONTRA OS RESTANTES 90% RESOLVE PARAR O PAÍS COM A AQUISCÊNCIA DAS AUTORIDADES E PROTEGIDA PELO GUARDA-CHUVA CONSTITUCIONAL. JÁ SE VIU ISTO NUM PAÍS QUE SE PRETENDE CIVILIZADO?
3.TODA A GENTE JÁ SE APERCEBEU (SÓ ELE É QUE AINDA NÃO) DE QUE RELVAS FOI UMA MÁ ESCOLHA PARA O GOVERNO. NÃO SE TRATA DO HOMEM EM SI QUE ATÉ SE ESFORÇA POR SER SIMPÁTICO E APARENTA ENERGIA, MAS DO POLITICO INESCRUPULOSO E VIDEIRINHO (COMO SE DIZ LÁ NO NORTE) QUE NÃO FAZ O QUE DIZ NEM DIZ O QUE NÃO FAZ. DO QUE LHE FOI ENTREGUE, NO ESSENCIAL, NADA FEZ. REFORMA AUTÁRQUICA, PRIVATIZAÇÃO DA RTP E COORDENAÇÃO POLITICA DO GOVERNO AINDA NÃO APARECERAM JÁ SE FALA EM QUEDA DO GOVERNO. RELVAS ESTÁ MANIFESTAMENTE NO LUGAR ERRADO. DEVERIA TER CONTINUADO COMO SECRETÉRIO-GERAL DO PARTIDO CONTROLANDO AS BASES E PROMETENDO-LHES O CÉU, AO MESMO TEMPO QUE FARIA DE SEU PORTA-VOZ JUNTO DO GOVERNO FINGINDO DEFENDER OS INTERESSES DO PARTIDO NAS REFORMAS IMPLEMENTADAS PELO GOVERNO. AS BOIADAS A QUE SE TEM SUJEITADO (A ÚLTIMA NO ESQUERDIZANTE ISCSTE FOI DE PALMATÓRIA) REVELAM O POUCO SENSO DO MINISTRO QUE SE EXPÕE INUTILMENTE A VEXAMES, EM VEZ DE COMPREENDER QUE A SUA DEMISSÃO VOLUNTÁRIA SERIA MUITO MAIS ÚTIL À IMAGEM DESGASTADA DO GOVERNO DO QUE EVENTUAIS MOSTRAS DE VITALIDADE EM QUEM NINGUEM JÁ ACREDITA.
4.ESTES TRES ACONTECIMENTOS TÊM UMA COISA EM COMUM. REVELAM UM PROVINCIANISMO POLITICO QUE RAIA O SUBDESENVOLVIMENTO (NÃO NOS SURPREENDAMOS QUE OS NOSSOS PARCEIROS EUROPEUS NOS APELIDEM DE AFRICANOS) E EMBORA NÃO ACARRETEM CONSEQUENCIAS DANOSAS IMEDIATAS, TRANSMITEM UMA IMAGEM DE PORTUGAL EM QUE A MAIORIA DOS PORTUGUESES NÃO SE REVÊ E QUE REPUDIA. SAIBAM OS NOSSOS POLITICOS COMPORTAR-SE, DIGNIFICANDO A FUNÇÃO PARA A QUAL FORAM ELEITOS E NÃO ENVERGONHANDO AQUELES QUE REPRESENTAM. ENQUANTO O PAÍS NÃO FOR VERDADEIRAMENTE REFUNDADO NÃO NOS ENDIREITAREMOS NESTA VIAGEM AVENTUROSA EM DIRECÇÃO À CIVILIZAÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO. POR MENOS DO QUE ISTO, POVOS MAIS IMPORTANTES E MAIS ANTIGOS DO QUE NÓS DESAPARECERAM DO MAPA.
ALBINO ZEFERINO 21/02/2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
JOGOS DE GUERRA (2ª PARTE)
1. ENQUADRAMENTO GEO-POLÍTICO:
ENQUANTO A EUROPA SE VAI DESFAZENDO COM OS SEUS SUCESSIVOS CONSELHOS DE LÍDERES SEM ESTRATÉGIA, APENAS FIXADA NA SALVAÇÃO DO EURO, MOEDA FICTÍCIA SEM BASE DE SUSTENTAÇÃO ECONÓMICA, A GUERRA VAI PREPARANDO-SE NOUTRAS PARAGENS MAIS A LESTE. APROVEITANDO-SE DA TRAGÉDIA SÍRIA, O IRÃO, ARMADO FINALMENTE COM A BOMBA ATÓMICA COM A AJUDA DOS RUSSOS, PONDERA ATACAR NUCLEARMENTE ISRAEL. OS E.U.A. AMEAÇAM O IRÃO COM RETALIAÇÕES TAMBEM NUCLEARES, ENQUANTO O CONSELHO DE SEGURANÇA SE ANULA COM OS VETOS SISTEMÁTICOS DA RUSSIA E DA CHINA.
A CHINA, POR SEU TURNO, ULTIMA O REARMAMENTO DEFINITIVO DO SEU PODEROSO EXÉRCITO, MUNINDO-O COM AS MAIS MODERNAS E LETAIS ARMAS COPIADAS DA TECNOLOGIA NORTE-AMERICANA, ENQUANTO SOLIDIFICA A SUA PRESENÇA EM ÁFRICA E NA AMÉRICA LATINA COM OS SEUS INVESTIMENTOS E A SUA DIÁSPORA ESMAGADORA.
NA ÁFRICA DO NORTE, O REGIME ARGELINO VAI IMPONDO-SE AOS SEUS VIZINHOS COM AJUDA DOS RUSSOS DE PUTIN, AINDA CONFUNDIDOS PELAS "PRIMAVERAS ÁRABES" QUE, COMO COGUMELOS, LHES ESTALARAM NAS MÃOS.
2. CAUSAS PRÓXIMAS:
PRETEXTANDO UMA PRETENSA TENTATIVA ISRAELITA DE ANIQUILAMENTO DEFINITIVO DO "HAMAS", O IRÃO LANÇA UM ATAQUE NUCLEAR MACISSO CONTRA ISRAEL, PULVERIZANDO O PAÍS E CONTAMINANDO RADIOLOGICAMENTE TODA A REGIÃO DO MEDIO ORIENTE E DO MEDITERRANEO ORIENTAL.
REAGINDO A FRIO, OS NORTE-AMERICANOS BOMBARDEIAM SISTEMATICAMENTE TEERÃO A PARTIR DAS SUAS BASES AEREAS NO IRAQUE E NO KUWAIT, ATÉ DEIXAR A ANTIGA CAPITAL IMPERIAL REDUZIDA A ESCOMBROS E AS FORÇAS ARMADAS IRANIANAS DESTROÇADAS.
TODA A EUROPA ORIENTAL COMEÇA PROGRESSIVAMENTE A FICAR CONTAMINADA, CHEGANDO AS NUVENS RADIOACTIVAS ATÉ À ESCANDINÁVIA, AMEAÇANDO DIZIMAR AS ESCASSAS POPULAÇÕES DA REGIÃO. SUCESSIVOS CONSELHOS EUROPEUS NÃO CONSEGUEM POR-SE DE ACORDO NUM PLANO DE DESNUCLEARIZAÇÃO CONJUNTO E A ALEMANHA E A GRÃ-BRETANHA COMEÇAM A REARMAR-SE. EM FRANÇA E NOUTROS PAÍSES IRRELEVANTES, ESQUERDAS E DIREITAS DEBATEM NOS RESPECTIVOS PARLAMENTOS A ATITUDE A TOMAR PERANTE OS ACONTECIMENTOS BÉLICOS QUE SE SUCEDEM.
RUSSIA E CHINA ASSINAM SECRETAMENTE (MAS DE FORMA A QUE TODA A IMPRENSA INTERNACIONAL SE DÊ CONTA) UM PACTO DE NÃO-AGRESSÃO À MARGEM DAS N.U. E DA COMUNIDADE INTERNACIONAL, ONDE EVITAM MENCIONAR OS SEUS DIFERENTES (E ATÉ ANTAGÓNICOS) PONTOS DE VISTA SOBRE O DESENROLAR DO CONFLITO QUE SE VAI ALASTRANDO.
E. U. A. E GRÃ-BRETANHA REUNEM CONJUNTAMENTE OS SEUS ESTADOS-MAIORES DEIXANDO OS ALEMÃES PROPOSITADAMENTE DE LADO. NUMA VISITA RELAMPAGO A MOSCOVO, A CHANCELER MERKEL ANUNCIA UMA COINCIDENCIA DE PONTOS DE VISTA ENTRE ALEMÃES E RUSSOS QUANTO À EVOLUÇÃO DO CONFLITO. OS PIIGS DA EUROPA CONTINUAM A DISCUTIR NOS SEUS PARLAMENTOS QUAL A MELHOR SAÍDA PARA A CRISE QUE REBENTOU LÁ FORA.
3. EVOLUÇÃO DO CONFLITO:
FORÇAS CONJUNTAS NORTE-AMERICANAS E BRITÂNICAS (APOIADAS POR UNIDADES CANADIANAS E AUSTRALIANAS) ENTRAM NA U.E. ATRAVÉS DAS BASES AÉREAS MILITARES NORTE-AMERICANAS NA ALEMANHA, EM ESPANHA E NOS CONTAMINADOS PAÍSES DO LESTE EUROPEU, OCUPANDO OS PONTOS ESTRATÉGICOS E MILITARES DOS VÁRIOS PAÍSES E INSTAURANDO UM REGIME MILITAR EM TODA A UNIÃO, SUBORDINADO ÀS DIRECTIVAS EMANADAS DO QUARTEL GENERAL DA NATO EM BRUXELAS E DO SHAPE EM MONS.
RUSSOS E ALEMÃES INSTALAM QG CONJUNTOS EM ARGEL, ORAN E CONSTANTINE, NA ARGÉLIA E TRIPOLI E BENGAZI, NA LÍBIA, A PARTIR DOS QUAIS CONTROLAM O MEDITERRANEO E O PETRÓLEO ARGELINO E LÍBIO. ESPANHA (NUM GESTO MUITO DELES) OFERECE GIBRALTAR AO CONTROLE GERMANO-RUSSO, A TROCO DO ESTATUTO DE NÃO-BELIGERANCIA. OS AMERICANOS DA BASE DE ROTA (CERCA DE CÁDIZ) ENTRAM IMEDIATAMENTE DE PREVENÇÃO E A 5ª ESQUADRA DESLOCA-SE A TODA A VELOCIDADE EM DIRECÇÃO DO ESTREITO. MARROCOS PEDE A NÃO-BELIGERANCIA TENTANDO ASSIM EVITAR UMA INVASÃO ARGELINA. A POSIÇÃO PORTUGUESA CONTINUA PENDENTE DE ACORDO PARLAMENTAR QUE CADA VEZ ESTÁ MAIS DISTANTE (COMO SE SABE, CABE AO PARLAMENTO A DECLARAÇÃO DO ESTADO DE GUERRA EM PORTUGAL).
O MÉDIO-ORIENTE ESTÁ DESFEITO PELOS BOMBARDEAMENTOS NUCLEARES E COMEÇA A FALTAR PETRÓLEO. INSTALA-SE PENURIA NA EUROPA E HORDAS DE EMIGRANTES SAEM DE LISBOA, DE VIGO, DE SANTANDER, DE BORDÉUS E DE LA ROCHELLE EM DIRECÇÃO ÀS AMÉRICAS. AS LINHAS AÉREAS EUROPEIAS FORAM REQUISITADAS PELAS AUTORIDADES AMERICANAS E FAZEM APENAS TRANSPORTE DE TROPAS DE UM LADO PARA OUTRO DO PLANETA.
A CHINA, POR SEU TURNO, OCUPA MILITARMENTE TODO O SUESTE ASIÁTICO COM A AQUISCENCIA RUSSA E A INDIFERENÇA JAPONESA, ORDENADAMENTE E SEM ALARIDO NEM RESISTENCIA. MESMO A COREIA DO SUL (O UNICO PAÍS QUE AMEAÇOU REAGIR) CAI 2 DIAS DEPOIS DA INVASÃO, À FALTA DE APOIO NORTE-AMERICANO. A UNIÃO AFRICANA (APENAS COM AS RECUSAS DA NIGÉRIA E DA R.A.S.) MANIFESTA O SEU APOIO À CHINA, PERMITINDO A INSTALAÇÃO DE TROPAS CHINESAS NAS CIDADES COSTEIRAS DO CONTINENTE.
OS SUL-AMERICANOS, MANIFESTANDO UMA INSUSPEITA SOLIDARIEDADE, CONGREGAM-SE À VOLTA DO BRASIL, QUE RECLAMA NA O.N.U. UM ESTATUTO DE NÃO-BELIGERANCIA PARA TODO O SUB-CONTINENTE. ÍNDIA E PAQUISTÃO, JUNTOS PELA PRIMEIRA VEZ, MANIFESTAM SOLENEMENTE O SEU APOIO AO ANTIGO COLONIZADOR, MAS RESSALVANDO O SEU APOIO AOS E.U.A.
4. O DESFECHO:
PROGREDINDO PARA OESTE SEM QUALQUER RESISTENCIA, TROPAS ALEMÃS
VÃO OCUPANDO SUCESSIVAMENTE A FRANÇA, O BENELUX, A ITÁLIA, A AUSTRIA, AS BALCÃS E FINALMENTE A PENINSULA IBÉRICA. ENTRAM EM LISBOA ONDE INSTALAM UM ESTADO MAIOR CONJUNTO INTER-ARMAS DESTINADO A COORDENAR A DEFESA DO CONTINENTE CONTRA EVENTUAIS ATAQUES AERO-NAVAIS ANGLO-AMERICANOS. A NORTE, O CANAL DA MANCHA É COMPLETAMENTE MINADO PELOS ALEMÃES, FICANDO INTERDITADO À NAVEGAÇÃO MARITIMA E AEREA E ISOLANDO ASSIM A GRÃ-BRETANHA DO RESTO DA EUROPA.
DE IGUAL MODO, O EXERCITO VERMELHO VAI OCUPANDO OS TERRITÓRIOS A OESTE ATÉ CHEGAR À LINHA DO ODER-NEISSE DE MODO A FORMAR, COM OS TERRITÓRIOS OCUPADOS PELA ALEMANHA, UMA GRANDE EUROPA DE LISBOA A VLADIVOSTOK. ALI INSTALA O QUARTEL-GENERAL CONJUNTO DAS FORÇAS RUSSO-GERMANICAS DO LESTE, DESTINADO A COORDENAR A DEFESA CONTRA O GIGANTE CHINES.
NA MARGEM SUL DO MEDITERRANEO É CRIADO EM ARGEL UM TERCEIRO QUARTEL-GENERAL CONJUNTO RUSSO-GERMANICO QUE, COM O APOIO LOGISTICO DO EXERCITO ARGELINO, ESTABELECE A LIGAÇÃO COM OS PAÍSES A SUL DO SAHARÁ CONTROLADOS PELOS CHINESES.
5. A SITUAÇÃO FINAL:
COM O NORTE DA EUROPA CONTAMINADO RADIOACTIVAMENTE, OS E.U.A. DESMEMBRADOS E FALIDOS, A GRÃ-BRETANHA ISOLADA DO RESTO DA EUROPA E A IRLANDA DESMILATIRIZADA, A ÁFRICA EXANGUE E ENTREGUE IMPLICITAMENTE À CHINA E A AMERICA LATINA NEUTRAL, O MUNDO VOLTA A SER BIPLOAR. DE UM LADO, A ALEMANHA E A RUSSIA COMPARTILHANDO UMA NOVA EUROÁSIA DE MAIS DE UM MILHÃO E MEIO DE PESSOAS, SUBORDINADAS A UM REGIME FEROZ DE AUSTERIDADE MILITAR FORÇADA E A TOQUE DE CAIXA; DO OUTRO LADO, O IMPÉRIO DO MEIO RECONSTITUIDO, COM OS PAÍSES INDO-CHINESES OCUPADOS PELAS TROPAS CHINESAS E O JAPÃO SUBJUGADO, EXERCENDO PRESSÃO CONSTANTE SOBRE A INDONÉSIA E AS FILIPINAS, QUE AOS POUCOS E POUCOS VÃO CEDENDO AO TSUNAMI CHINES, O MUNDO VOLTA A NASCER. COM MENOS LIBERDADE, MENOS SOLIDARIEDADE E MAIS DISCRICIONARIDADE. GANHOU-SE ALGUMA COISA?
ALBINO ZEFERINO 19/02/2013
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
AS TRES LIBERDADES EUROPEIAS
AO TENTAR FAZER UMA RETROSPECTIVA SOBRE AS CAUSAS DESTA CRISE EUROPEIA EM QUE CAÍMOS E DA DIFICULDADE EM DELA SAIRMOS, SOU LEVADO A PENSAR NA IMPORTANCIA DAS TRES LIBERDADES BÁSICAS SOBRE AS QUAIS ASSENTA A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E A INFLUENCIA DELAS NA VIDA DAS PESSOAS AFECTADAS PELA CRISE.
COM EFEITO, BASTA PENSAR QUE, TANTO A LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS, COMO A DE CIRCULAÇÃO DE BENS OU A DE CAPITAIS DENTRO DAS FRONTEIRAS COMUNITÁRIAS, PERMITE QUE OS INVESTIDORES ESCOLHAM LIVREMENTE ONDE INSTALAR AS SUAS EMPRESAS, ONDE AS SEDIAR FISCALMENTE E CONTRATAR QUEM MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO LHES OFEREÇA. SE ESTAS FACILIDADES PERMITEM POR UM LADO UMA MAIOR FLEXIBILIDADE E UMA TAMBEM MAIOR RENTABILIDADE NOS INVESTIMENTOS, POR OUTRO DESVIRTUAM O NATURAL FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS PROPORCIONANDO O APARECIMENTO DE DUMPINGS (NÃO SÓ COMERCIAIS, MAS TAMBEM FINANCEIROS, FISCAIS E SOCIAIS). TUDO ISTO TEM LEVADO À CONCENTRAÇÃO DE CAPITAIS EM CERTOS PAÍSES EM DESFAVOR DE OUTROS E À LIVRE DESLOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS COM O AUMENTO DE DESEMPREGO QUE TRAZEM NOS PAÍSES DESLOCALIZADOS.
DIR-SE-Á PORÉM QUE, TAL COMO OS INVESTIMENTOS, TAMBEM OS TRABALHADORES PODERÃO DESLOCALIZAR-SE, ACOMPANHANDO AS MELHORES OPORTUNIDADES DE TRABALHO OFERECIDAS NOUTROS PAÍSES. NÃO SERÁ CONTUDO FÁCIL ALGUEM DEIXAR FAMILIA, AMIGOS E HÁBITOS DE VIDA PARA CORRER ATRÁS DE MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO SÓ PORQUE O PATRÃO RESOLVEU RENTABILIZAR MELHOR O SEU INVESTIMENTO MUDANDO A FÁBRICA PARA OUTRO PAÍS QUE LHE OFERECIA MELHORES CONDIÇÕES DE RENTABILIDADE. ALGUNS O FAZEM, É CERTO, MAS MAIS JOVENS E MENOS COMPROMETIDOS. A MAIORIA ACOLHE-SE AOS CENTROS DE DESEMPREGO E PASSA A VIVER DAS AJUDAS ESTATAIS, ENGROSSANDO A HORDA DE DESEMPREGADOS E DE REVOLTADOS CONTESTATÁRIOS.
POR OUTRO LADO, O AFLUXO BRUTAL DE IMIGRANTES DESQUALIFICADOS QUE DE OUTROS CONTINENTES MAIS POBRES CHEGAM DIARIAMENTE À EUROPA USANDO MEIOS ILEGAIS E POR ISSO ENTRANDO DE FORMA DESCONTROLADA, VEIO COMPLICAR AINDA MAIS ESTA EQUAÇÃO, ALARGANDO A OFERTA DE TRABALHO E INUNDANDO A EUROPA DE NOVOS HÁBITOS, NOVAS CRENÇAS E DISTINTAS FORMAS DE VIVER, QUE CHOCAM OS MAIS EMPEDERNIDOS E ASSUSTAM OS MAIS RETRÓGADOS, OCUPANDO POSTOS DE TRABALHO QUE ESSES EUROPEUS PENSAVAM SER SÓ SEUS.
TUDO ISTO FAZ COM QUE OS PAÍSES MENOS COMPETITIVOS COMO PORTUGAL SINTAM DE FORMA MAIS FORTE O FLAGELO DO DESEMPREGO E DA EXCLUSÃO SOCIAL. O QUE FAZER ENTÃO? NO QUE TOCA AOS DESEMPREGADOS, PARA ALÉM DE UMA EFECTIVA FORMAÇÃO PROFISSIONAL QUE OS VOLTE A FAZER REENTRAR NO MERCADO DE TRABALHO, HÁ QUE ALARGAR A OFERTA APRESENTADA PELOS CENTROS DE EMPREGO A OUTROS PAÍSES E A OUTRAS ACTIVIDADES QUE POSSAM ABSORVER AQUELES QUE POR FALTA DE FORMAÇÃO OU DE VONTADE NÃO CONSIGAM EMPREGAR-SE ONDE MAIS GOSTARIAM. QUANTO AO CAPITAL, HÁ QUE IR BUSCÁ-LO ONDE ELE ESTÁ OFERECENDO CONDIÇÕES COMPETITIVAS PARA QUE ELE VENHA PARA PORTUGAL OU DE CÁ NÃO SAIA.
NESTE PARTICULAR PORTUGAL AINDA SE PODERÁ CONSIDERAR UM PAÍS PRIVILEGIADO. O USO UNIVERSAL DA NOSSA LINGUA (MESMO COM O ACORDO ORTOGRÁFICO) E A ADOPÇÃO POR VÁRIOS PAÍSES QUE DELA FAZEM USO DOS NOSSOS HÁBITOS E COSTUMES, PERMITIRÁ QUE PORTUGAL POSSA COM FACILIDADE CONQUISTAR-LHES INVESTIMENTOS QUE NAS SUAS TERRAS NÃO SEJAM POSSIVEIS E EXPORTAR PARA LÁ MÃO DE OBRA QUE LHES POSSA SER UTIL. PARA ISSO PORTUGAL TERÁ QUE FAZER UM ESFORÇO, CRIANDO AS CONDIÇÕES PARA ISSO (ATRAVÉS DO AICEP E DA DIRECÇÃO GERAL DA EMIGRAÇÃO) DE FORMA A FAZER DIMINUIR OS NÍVEIS DE DESEMPREGO E A AUMENTAR OS NÍVEIS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO. PARA ISSO DEVERIA SERVIR O MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS.
ALBINO ZEFERINO 18/02/2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
FACTOS NOVOS
TRES FACTOS NOVOS CARACTERIZARAM A SEMANA QUE ONTEM TERMINOU: A CRISE SOCIALISTA, A RENUNCIA PAPAL E O AGRAVAMENTO DA AUSTERIDADE. TODOS ELES NEGATIVOS.
SEM QUE SE POSSA DIZER QUE ALGO DE RELEVANTE TENHA OCORRIDO NA ESTRATÉGIA DE PODER DO PS, A DESISTENCIA DE ANTÓNIO COSTA EM DISPUTAR O PODER SOCIALISTA A SEGURO MOSTROU QUE A GRANDE CONFUSÃO DEIXADA POR SÓCRATES NO SEIO DOS XUXAS AINDA NÃO FOI RESOLVIDA. NEM COSTA SE ASSUMIU COMO ALTERNATIVA AO CINZENTISMO QUE SEGURO CONFERIU AO PARTIDO, NEM SEGURO SE AFIRMOU COMO UMA VERDADEIRA ALTERNATIVA AO ACTUAL GOVERNO. PODER-SE-Á ASSIM CONCLUIR QUE O VERDADEIRO VENCEDOR DESTA REFREGA FOI PASSOS. FICOU COM MAIS FOLGO, PRENDEU DEFINITIVAMENTE O PS AO MEMORANDO E EVITOU UMA ESQUERDIZAÇÃO DA OPOSIÇÃO.
A RENUNCIA DO PAPA AO SEU MAGISTÉRIO TRADUZIU A DESISTENCIA DE BENEDICTO XVI NA REFORMA DA IGREJA A QUE SE TINHA PROPOSTO EM OPOSIÇÃO AO CONSERVADORISMO DO SEU ANTECESSOR. NUM MUNDO EM PROFUNDA MUDANÇA, O LIDER CATÓLICO DEIXA AO SEU SUCESSOR UMA TAREFA HERCULEA RESULTANTE DAS EXPECTATIVAS DEIXADAS EM ABERTO PELO SANTO PADRE. A ABERTURA DA IGREJA ÀS MULHERES, A DESPENALIZAÇÃO DA CONTRACEPÇÃO E O CASAMENTO DOS PADRES SÃO TEMAS FRACTURANTES E INCONTORNÁVEIS PARA UMA REFORMA DO CATOLICISMO QUE O MUNDO ESPERA E QUE OS CATÓLICOS ANSEIAM.
A CONSTATAÇÃO DE QUE A AUSTERIDADE NÃO RESOLVERÁ POR SI SÓ O DESAFIO A QUE OS PORTUGUESES ESTÃO CONFRONTADOS PARA SAIREM DUMA CRISE DA QUAL AINDA NÃO SE VÊ O FIM, ESTÁ A TORNAR-SE EVIDENTE PARA CADA MAIS GENTE. O DESANIMO QUE SE NOTA NAS RUAS, NAS CONVERSAS E NOS DESABAFOS OCASIONAIS, A JUNTAR ÀS ESTATISTICAS SOBRE O IMPARÁVEL AUMENTO DO DESEMPREGO E À AUSENCIA CONFRANGEDORA DE UMA RECUPERAÇÃO ECONOMICA A CURTO PRAZO, ESTÁ DEIXANDO AS GENTES DESESPERADAS. A BAIXA DOS SALÁRIOS, O AUMENTO DA FISCALIDADE E A DEGRADAÇÃO PROGRESSIVA DOS SERVIÇOS PUBLICOS VAI DEIXANDO AS PESSOAS MAIS DESCRENTES NUMA SOLUÇÃO DEFINITIVA PARA O GRAVE PROBLEMA QUE PORTUGAL ATRAVESSA. MUITOS JÁ DESISTIRAM (OS MAIS INCONFORMADOS) ABANDONANDO O PAÍS E OUTROS (OS MAIS RECALCITRANTES) POR CÁ PERMANECEM FAZENDO A VIDA AINDA MAIS CARA AOS POBRES DIABOS QUE CONSTITUEM A MAIORIA SILENCIOSA, SOBRE QUEM RECAI O ESSENCIAL DOS SACRIFICIOS IMPOSTOS PELO GOVERNO. A MAIORIA DAS PESSOAS JÁ SE CONVENCEU QUE SEM APOIO EXTERNO (SEJA DE QUEM FOR) PORTUGAL NÃO SOBREVIVIRÁ E QUE PORTANTO SERÁ INDIFERENTE QUEM ESTEJA NO PODER. ESTA CONSTATAÇÃO CADA VEZ MAIS GENERALIZADA FAZ PERIGAR O NORMAL FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES, QUE ASSIM DEIXAM DE CONSTITUIR AS REFERENCIAS NECESSÁRIAS AO POVO A QUEM SE DESTINAM E ABRE AS PORTAS A AVENTURAS PERIGOSAS, QUE PODERÃO CONTRIBUIR PARA UMA DEGRADAÇÃO DEFINITIVA DA SITUAÇÃO SOCIAL E POLITICA QUE HOJE CONHECEMOS.
ALBINO ZEFERINO 17/02/13
sábado, 9 de fevereiro de 2013
A SENHORA EUROPA
Apesar das baixas expectativas sobre o resultado do Conselho europeu que tratou do orçamento comunitário até 2020, o certo é que Merkel conseguiu averbar mais uma vitória às muitas que o seu europeísmo tem demonstrado durante esta crise. Não desistindo teimosamente pela noite fora, conseguiu aproximar britânicos e franceses, nortistas e sulistas, ocidentais e orientais, de forma a chegar a um compromisso que, embora ténue, fosse aceite por todos. Pelas noticias que nos chegavam pelas televisões parecia que se tinha atingido um impasse inultrapassavel, com os britânicos a ameaçarem sair da União se lhes fosse retirado o cheque compensatório, os franceses a clamar não desistir da sua política agrícola comum, os nórdicos a quererem empurrar os PIIGS para fora da União e os do Leste a reclamarem o seus fundos perdidos.
Dirão os pessimistas que o acordo alcançado não vale nada, pois o menor denominador comum sobre que assenta não permite qualquer progresso em relação ao impasse em que a Europa está desde o inicio da crise. Eu diria, pelo contrário, que foi mais um passo (embora pequeno, reconheço) no sentido de uma maior integração europeia. Ao evitar o insucesso da reunião, Merkel, não só demonstrou uma notável capacidade de liderança (própria dos seus antecessores mais notáveis na chancelaria alemã do pós-guerra) como reforçou a convicção dos mais cépticos sobre a firme determinação que a move de guiar a Europa no sentido de uma indispensável integração que não a afaste dos centros de decisão internacionais.
Para Portugal e para o seu governo foi naturalmente mais uma vitória (pequena é certo, mas vitória) que permitirá a continuação da ajuda financeira europeia sem sobressaltos e a saude do euro, mantendo viva a esperança de que a salvação do inferno algum dia chegará. Aos poucos e poucos, cedendo pouco às oposições e preservando teimosamente a estratégia que o levou ao poder, Passos Coelho tem demonstrado uma notável capacidade de resistencia (quiçá ultrapassando a de Sócrates que, sem saber ler nem escrever, durou quase 7 anos) que o levará certamente até ao fim da legislatura, mesmo com uma previsível derrota nas autárquicas. Dir-se-á que a autofagia do partido socialista o tem ajudado, apesar do seu ministro adjunto a quem o liga um incómodo cordão umbilical inquebrável, bem como a fraca reacção popular às agressões ao Estado social herdado do abrilismo. Merkel compreende bem o drama de Passos, mas já lhe deixou claro que só o aguentará enquanto ele prosseguir com as indispensáveis reformas estruturais que evitem uma repetição das locuras sócretinas. Só depois disso assegurado teremos direito a apoios ao desenvolvimento que nos permitam sair deste poço. Será isto tão dificil assim de perceber?
ALBINO ZEFERINO 9/2/2013
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Assunto: " Uma Campanha Alegre " de Eça de Queiroz
“E estranho - que haja quem estranhe a emigração. Nós estamos num
estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade
política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos
caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas
revistas, quando se quer falar de um país caótico e que pela sua
decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa da Europa -
citam-se, a par, a Grécia e Portugal. Nós, porém, não possuímos como a
Grécia, além de uma história gloriosa, a honra de ter criado uma
religião, uma literatura de modelo universal, e o museu humano da
beleza da Arte. Apenas nos ufanamos do Sr. Lisboa, barítono, e do Sr.
Vidal, lírico.
El-Rei D. Pedro V tinha lido o livro de E. About A Grécia
contemporânea: e aquele rei que era um grave e fino espírito, e por
vezes um subtil humorista - entretera-se anotando à margem o precioso
livro de About. Onde estavam nomes dos estadistas da
Grécia, o rei punha os nomes correspondentes dos homens públicos de
Portugal; onde vinham as narrações das indignidades políticas de
Atenas, ele lançava à margem as correlativas indignidades políticas de
Lisboa; onde About desenhava com a sua pena maliciosa, cáustica e tão
profundamente francesa, um certo ministro da Fazenda que era ladrão -
D. Pedro V escrevera ao lado: «Cá chama-se o senhor...». Figura no
livro, como torpe, segundo o julgamento do excelente rei, muito homem
hoje célebre na vida pública, com bons ordenados e autoridade. O livro
assim anotado, mudados os nomes -é a descrição mais exacta do estado
de Portugal. Como deve ser infeliz um rei inteligente, quando, caído
em cepticismo e misantropia pela certeza que adquiriu de que está no
meio de uma pocilga política, não pode todavia entregar a Nação à
experiência republicana, nem chamar a si o poder absoluto! Um tal rei,
se não se converte por fastio num bom rei de Yvetot - termina sempre
por morrer cedo.
Ora, na Grécia, o facto permanente é a emigração. E nós emigramos,
pelo mesmo motivo que o Grego emigra - a necessidade de procurar longe
o pão que a Pátria não dá.
O Grego que não tem indústria, nem agricultura, nem comércio,
encontra-se ao entrar na vida sem colocação: - toma então a sua
carabina e vai para as montanhas que Teócrito cantou, roubar viajantes
ingleses, ou embarca no Pireu e emigra para Alexandria, para
Trípolis, para as escalas do Levante, para os estados barbarescos,
para Marselha, para qualquer ponto onde haja algum pão a roer ou
alguma piastra a ganhar.
Nós, que (bem a nosso pesar) não podemos ir roubar para as montanhas
porque não temos a quem roubar - vamos procurar o Sr. Nathan.
E o Governo, a opinião, admiram-se! Mas onde pode a plebe ganhar o
pão? A grande indústria, a dos tabacos, dá 250 réis de salário a um
operário com família. As indústrias fabris são poucas, periclitantes,
com interrupções constantes de trabalho. A indústria mineira está
abandonada à exploração de companhias estrangeiras. A agri-cultura
vive de rotina - empobrecendo a terra e empobrecendo o homem. Não
temos piscicultura, nem silvicultura, nem indústria pecuária. O
trabalhador dos campos vive na miséria, come sardinhas e ervas do
campo: a maior parte anda à malta, trabalhando aos dias, errante de
fazenda em fazenda, por 80 réis diários, nos tempos de salário. A
usura e a agiotagem, unidas, exploram a gente do campo: os tributos
são fortes, as vexações do fisco incessantes. Na província, por um
imposto de 20 e 30 réis, atrasado e relaxado, vimos nós pagar 5 e 6
mil-réis, com custas, etc. Os pobres não tinham a quantia? penhora no
casebre! Nas cidades o operário é vítima do monopólio - monopólio no
pão, no bacalhau, no azeite. Não há entre nós uma escola teórica de
aprendizagem! Que querem os senhores que se faça num país destes?
Sair, fugir, abandoná-lo! O País é belo, sim, de deliciosa paisagem.
Mas a política, a administração, tornaram aqui a vida intolerável.
Seria doce gozá-la, não tendo a honra de lhe pertencer. Só se pode ser
português - sendo-se inglês!”
“(…) O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes
estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem
por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja
desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se
respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se
não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se
progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria.
Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo
pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita,
absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual,
intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se,
envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A
ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha, A
indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é
considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um
inimigo.
Neste salve-se quem puder a burguesia proprietária de casas explora o
aluguel. A agiotagem explora o juro.
De resto a ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro. O número das
escolas só por si é dramático. O professor tornou-se um empregado de
eleições. A população dos campos, arruinada, vivendo em casebres
ignóbeis, sustentando-se de sardinha e de ervas, trabalhando só para o
imposto por meio de uma agricultura decadente, leva uma vida de
misérias, entrecortada de penhoras. A intriga política alastra-se por
sobre a sonolência enfastiada do País. Apenas a devoção perturba o
silêncio da opinião, com padre-nossos maquinais.
Não é uma existência, é uma expiação.
E a certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se
por toda a parte: «o País está perdido!» Ninguém se ilude. Diz-se nos
conselhos de ministros e nas estalagens. E que se faz? Atesta-se,
conversando e jogando o voltarete, que de Norte a Sul, no Estado, na
economia, na moral, o País está desorganizado - e pede-se conhaque!
Assim todas as consciências certificam a podridão; mas todos os
temperamentos se dão bem na podridão!
Nós não quisemos ser cúmplices na indiferença universal. E aqui
começamos, sem azedume e sem cólera, a apontar dia por dia o que
poderíamos chamar - o progresso da decadência. Devíamos fazê-lo com a
indignação amarga de panfletários? Com a serenidade experimental de
críticos? Com a jovialidade fina de humoristas?
Não é verdade, leitor de bom senso, que neste momento histórico só há
lugar para o humorismo? Esta decadência tomou-se um hábito, quase um
bem-estar, para muitos uma indústria. Parlamentos, ministérios,
eclesiásticos, políticos, exploradores, estão de pedra e cal na
corrupção. O áspero Veillot não bastaria; Proudhon ou Vacherot seriam
insuficientes. Contra este mundo é necessário ressuscitar as
gargalhadas históricas do tempo de Manuel Mendes Enxúndia. E mais uma
vez se põe a galhofa ao serviço da justiça! “
Portugal 1871
estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade
política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos
caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas
revistas, quando se quer falar de um país caótico e que pela sua
decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa da Europa -
citam-se, a par, a Grécia e Portugal. Nós, porém, não possuímos como a
Grécia, além de uma história gloriosa, a honra de ter criado uma
religião, uma literatura de modelo universal, e o museu humano da
beleza da Arte. Apenas nos ufanamos do Sr. Lisboa, barítono, e do Sr.
Vidal, lírico.
El-Rei D. Pedro V tinha lido o livro de E. About A Grécia
contemporânea: e aquele rei que era um grave e fino espírito, e por
vezes um subtil humorista - entretera-se anotando à margem o precioso
livro de About. Onde estavam nomes dos estadistas da
Grécia, o rei punha os nomes correspondentes dos homens públicos de
Portugal; onde vinham as narrações das indignidades políticas de
Atenas, ele lançava à margem as correlativas indignidades políticas de
Lisboa; onde About desenhava com a sua pena maliciosa, cáustica e tão
profundamente francesa, um certo ministro da Fazenda que era ladrão -
D. Pedro V escrevera ao lado: «Cá chama-se o senhor...». Figura no
livro, como torpe, segundo o julgamento do excelente rei, muito homem
hoje célebre na vida pública, com bons ordenados e autoridade. O livro
assim anotado, mudados os nomes -é a descrição mais exacta do estado
de Portugal. Como deve ser infeliz um rei inteligente, quando, caído
em cepticismo e misantropia pela certeza que adquiriu de que está no
meio de uma pocilga política, não pode todavia entregar a Nação à
experiência republicana, nem chamar a si o poder absoluto! Um tal rei,
se não se converte por fastio num bom rei de Yvetot - termina sempre
por morrer cedo.
Ora, na Grécia, o facto permanente é a emigração. E nós emigramos,
pelo mesmo motivo que o Grego emigra - a necessidade de procurar longe
o pão que a Pátria não dá.
O Grego que não tem indústria, nem agricultura, nem comércio,
encontra-se ao entrar na vida sem colocação: - toma então a sua
carabina e vai para as montanhas que Teócrito cantou, roubar viajantes
ingleses, ou embarca no Pireu e emigra para Alexandria, para
Trípolis, para as escalas do Levante, para os estados barbarescos,
para Marselha, para qualquer ponto onde haja algum pão a roer ou
alguma piastra a ganhar.
Nós, que (bem a nosso pesar) não podemos ir roubar para as montanhas
porque não temos a quem roubar - vamos procurar o Sr. Nathan.
E o Governo, a opinião, admiram-se! Mas onde pode a plebe ganhar o
pão? A grande indústria, a dos tabacos, dá 250 réis de salário a um
operário com família. As indústrias fabris são poucas, periclitantes,
com interrupções constantes de trabalho. A indústria mineira está
abandonada à exploração de companhias estrangeiras. A agri-cultura
vive de rotina - empobrecendo a terra e empobrecendo o homem. Não
temos piscicultura, nem silvicultura, nem indústria pecuária. O
trabalhador dos campos vive na miséria, come sardinhas e ervas do
campo: a maior parte anda à malta, trabalhando aos dias, errante de
fazenda em fazenda, por 80 réis diários, nos tempos de salário. A
usura e a agiotagem, unidas, exploram a gente do campo: os tributos
são fortes, as vexações do fisco incessantes. Na província, por um
imposto de 20 e 30 réis, atrasado e relaxado, vimos nós pagar 5 e 6
mil-réis, com custas, etc. Os pobres não tinham a quantia? penhora no
casebre! Nas cidades o operário é vítima do monopólio - monopólio no
pão, no bacalhau, no azeite. Não há entre nós uma escola teórica de
aprendizagem! Que querem os senhores que se faça num país destes?
Sair, fugir, abandoná-lo! O País é belo, sim, de deliciosa paisagem.
Mas a política, a administração, tornaram aqui a vida intolerável.
Seria doce gozá-la, não tendo a honra de lhe pertencer. Só se pode ser
português - sendo-se inglês!”
“(…) O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes
estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem
por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja
desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se
respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se
não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se
progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria.
Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo
pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita,
absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual,
intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se,
envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A
ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha, A
indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é
considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um
inimigo.
Neste salve-se quem puder a burguesia proprietária de casas explora o
aluguel. A agiotagem explora o juro.
De resto a ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro. O número das
escolas só por si é dramático. O professor tornou-se um empregado de
eleições. A população dos campos, arruinada, vivendo em casebres
ignóbeis, sustentando-se de sardinha e de ervas, trabalhando só para o
imposto por meio de uma agricultura decadente, leva uma vida de
misérias, entrecortada de penhoras. A intriga política alastra-se por
sobre a sonolência enfastiada do País. Apenas a devoção perturba o
silêncio da opinião, com padre-nossos maquinais.
Não é uma existência, é uma expiação.
E a certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se
por toda a parte: «o País está perdido!» Ninguém se ilude. Diz-se nos
conselhos de ministros e nas estalagens. E que se faz? Atesta-se,
conversando e jogando o voltarete, que de Norte a Sul, no Estado, na
economia, na moral, o País está desorganizado - e pede-se conhaque!
Assim todas as consciências certificam a podridão; mas todos os
temperamentos se dão bem na podridão!
Nós não quisemos ser cúmplices na indiferença universal. E aqui
começamos, sem azedume e sem cólera, a apontar dia por dia o que
poderíamos chamar - o progresso da decadência. Devíamos fazê-lo com a
indignação amarga de panfletários? Com a serenidade experimental de
críticos? Com a jovialidade fina de humoristas?
Não é verdade, leitor de bom senso, que neste momento histórico só há
lugar para o humorismo? Esta decadência tomou-se um hábito, quase um
bem-estar, para muitos uma indústria. Parlamentos, ministérios,
eclesiásticos, políticos, exploradores, estão de pedra e cal na
corrupção. O áspero Veillot não bastaria; Proudhon ou Vacherot seriam
insuficientes. Contra este mundo é necessário ressuscitar as
gargalhadas históricas do tempo de Manuel Mendes Enxúndia. E mais uma
vez se põe a galhofa ao serviço da justiça! “
Portugal 1871
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Respigado de « La Voz de Lanzarote”, a propósito da oportunista DEL RÍO.
Carta abierta a Pilar del Río (Viuda de Saramago)
Por Francisco Concepción
30 de enero de 2013
Estimada Señora Pilar del Río, me dirijo a usted como canario, lector
de algunas obras de Saramago y como ciudadano que opina sobre la
actualidad.
Hace unos días que viene usted declarando que está “indignada”,
calificativo poco creativo en estos tiempos, por el poco afecto que
demuestran los canarios por su marido y por el inmovilismo que dice
ver en la sociedad española.
Reclama usted y casi exige que le ayuden a explotar el complejo
cultural que ha levantado en torno a la figura de Saramago y amenaza
con desmontar la casa-museo levantada en Tías (Lanzarore) y trasladar
todas las pertenencias del escritor a Lisboa, donde está la Fundación
Saramago y que usted actualmente preside. Lamenta también que sean los
canarios los que menos visiten el complejo cultural.
Hace también algunas semanas que alzó también la voz, por la falta de
apoyo que ha recibido la película “José y Pilar” tras no pasar la
criba para representar a Portugal en los Premios Oscar. Una
película/documental que muestra su relación de pareja en su día a día
en Lanzarote y Lisboa, en su casa y en sus viajes por todo el mundo,
con el premio Nobel. Reclama que no hayan invertido más dinero en la
promoción de la película.
Sra. Pilar, el amor es lo más grande y hermosos que existe, pero tiene
que comprender que Saramago no era, ni es el centro del mundo. No
piense que los canarios somos desagradecidos, estamos sumidos, toda
Europa y el mundo, en asuntos más complejos y vitales. Hablo de
necesidades básicas como el comer, para estar pendientes del Complejo
Cultural de Saramago en Tías. El cual no digo que no sea importante.
Aún así, y restándolo de partidas más elementales, las entidades
canarias han comprometido una importante partida presupuestaria a
erigirle un monumento junto a su casa. ¿No le parece una muestra de
cariño? Le recuerdo también que el escritor en el año 99 fue elegido
“Hijo adoptivo de Tías”, cuando en Portugal el ayuntamiento de Oporto,
votaron en contra de la propuesta para poner el nombre del escritor
José Saramago a una calle de la ciudad. Y aún así decide usted
enterrar allí las cenizas de su esposo y quiere usted llevarse las
cosas del escritor a su país.
También me gustaría preguntarle si canarias le debe tanto a Saramago.
Nadie le obligó a venir a residir al archipiélago. Fue consecuencia de
la polémica levantada en Portugal por su obra “El Evangelio según
Jesucristo” en 1991. Que yo sepa en España, ni en Canarias, nunca se
le ha vetado, ni criticado por ninguno de sus libros o ideas.
Lanzarote le dio mucho más a su marido, dónde disfrutó de la
hospitalidad de sus habitantes, clima, color, tranquilidad e
inspiración para sus obras, según reconoció en varias ocasiones y como
contraprestación, que yo sepa, no he leído todos sus libros, ninguna
transcurre en la isla, ni se hace referencia a ella. ¿Quién le debe
más a quién? Y lo que no sé es, dónde tributaba su esposo y dónde está
usted actualmente tributando. Esa es otra cuestión.
Tampoco me parece la obra de su marido a la altura de un premio Nobel,
pero eso es otro debate que igual le planteo en otra carta. Me
gustaría recordarle, pues todos tenemos una memoria muy frágil, que su
esposo no ha sido tampoco considerado muy bien en otros lugares. En el
año 2002, fue nombrado persona non grata en Israel por comparar la
política de este país en los territorios ocupados con los campos de
exterminio nazis y allí retiraron todos sus libros. Los católicos
tampoco le tuvieron mucho aprecio. Fue expulsado de varios sitios como
el periódico Diário de Notícias, etc.
La presente es solo hacerle recapacitar sobre sus manifestaciones y
sugerirle que no critique a las personas que cobran el paro por
inmovilismo y conformismo. Usted tiene la vida garantizada y vive de
los derechos de la obra de su esposo. Utilice esos recursos en lo que
usted considera algo tan importante “La Casa de Saramago” en Tías,
pero tiene la fundación en Lisboa. Y si quería que la película llegara
a los Oscar y la consideraba tan maravillosa, porque en ella salía
usted, haber invertido usted el dinero de la promoción.
Que feos resultan en ocasiones los ombligos.
Atentamente,
@franCoescribe
http://www.lavozdelanzarote.com/article75099.html
Por Francisco Concepción
30 de enero de 2013
Estimada Señora Pilar del Río, me dirijo a usted como canario, lector
de algunas obras de Saramago y como ciudadano que opina sobre la
actualidad.
Hace unos días que viene usted declarando que está “indignada”,
calificativo poco creativo en estos tiempos, por el poco afecto que
demuestran los canarios por su marido y por el inmovilismo que dice
ver en la sociedad española.
Reclama usted y casi exige que le ayuden a explotar el complejo
cultural que ha levantado en torno a la figura de Saramago y amenaza
con desmontar la casa-museo levantada en Tías (Lanzarore) y trasladar
todas las pertenencias del escritor a Lisboa, donde está la Fundación
Saramago y que usted actualmente preside. Lamenta también que sean los
canarios los que menos visiten el complejo cultural.
Hace también algunas semanas que alzó también la voz, por la falta de
apoyo que ha recibido la película “José y Pilar” tras no pasar la
criba para representar a Portugal en los Premios Oscar. Una
película/documental que muestra su relación de pareja en su día a día
en Lanzarote y Lisboa, en su casa y en sus viajes por todo el mundo,
con el premio Nobel. Reclama que no hayan invertido más dinero en la
promoción de la película.
Sra. Pilar, el amor es lo más grande y hermosos que existe, pero tiene
que comprender que Saramago no era, ni es el centro del mundo. No
piense que los canarios somos desagradecidos, estamos sumidos, toda
Europa y el mundo, en asuntos más complejos y vitales. Hablo de
necesidades básicas como el comer, para estar pendientes del Complejo
Cultural de Saramago en Tías. El cual no digo que no sea importante.
Aún así, y restándolo de partidas más elementales, las entidades
canarias han comprometido una importante partida presupuestaria a
erigirle un monumento junto a su casa. ¿No le parece una muestra de
cariño? Le recuerdo también que el escritor en el año 99 fue elegido
“Hijo adoptivo de Tías”, cuando en Portugal el ayuntamiento de Oporto,
votaron en contra de la propuesta para poner el nombre del escritor
José Saramago a una calle de la ciudad. Y aún así decide usted
enterrar allí las cenizas de su esposo y quiere usted llevarse las
cosas del escritor a su país.
También me gustaría preguntarle si canarias le debe tanto a Saramago.
Nadie le obligó a venir a residir al archipiélago. Fue consecuencia de
la polémica levantada en Portugal por su obra “El Evangelio según
Jesucristo” en 1991. Que yo sepa en España, ni en Canarias, nunca se
le ha vetado, ni criticado por ninguno de sus libros o ideas.
Lanzarote le dio mucho más a su marido, dónde disfrutó de la
hospitalidad de sus habitantes, clima, color, tranquilidad e
inspiración para sus obras, según reconoció en varias ocasiones y como
contraprestación, que yo sepa, no he leído todos sus libros, ninguna
transcurre en la isla, ni se hace referencia a ella. ¿Quién le debe
más a quién? Y lo que no sé es, dónde tributaba su esposo y dónde está
usted actualmente tributando. Esa es otra cuestión.
Tampoco me parece la obra de su marido a la altura de un premio Nobel,
pero eso es otro debate que igual le planteo en otra carta. Me
gustaría recordarle, pues todos tenemos una memoria muy frágil, que su
esposo no ha sido tampoco considerado muy bien en otros lugares. En el
año 2002, fue nombrado persona non grata en Israel por comparar la
política de este país en los territorios ocupados con los campos de
exterminio nazis y allí retiraron todos sus libros. Los católicos
tampoco le tuvieron mucho aprecio. Fue expulsado de varios sitios como
el periódico Diário de Notícias, etc.
La presente es solo hacerle recapacitar sobre sus manifestaciones y
sugerirle que no critique a las personas que cobran el paro por
inmovilismo y conformismo. Usted tiene la vida garantizada y vive de
los derechos de la obra de su esposo. Utilice esos recursos en lo que
usted considera algo tan importante “La Casa de Saramago” en Tías,
pero tiene la fundación en Lisboa. Y si quería que la película llegara
a los Oscar y la consideraba tan maravillosa, porque en ella salía
usted, haber invertido usted el dinero de la promoción.
Que feos resultan en ocasiones los ombligos.
Atentamente,
@franCoescribe
http://www.lavozdelanzarote.com/article75099.html
A REFORMA DO ESTADO
Há para aí uns líricos que se entretêm a
escrevinhar em revistas conselhos sobre qual a melhor maneira (no ver
deles, está claro) de reformar o Estado. Uns dizem que há que cortar
nas "gorduras" como se o principal problema do Estado fosse ser gordo
demais. Outros distraem-se com palpites sobre que actividades deve o
Estado reduzir para poder aumenta-las noutros lados, como se o
problema fosse simplesmente uma questão de redistribuição de meios.
Outros ainda (mais radicais) aconselham (se não exigem) que se tire
aos ricos (onde estão eles?) para dar aos pobres, papagueando slogans
requentados de um marxismo morto e enterrado.
O problema não é conjuntural (mera mudança de
estratégia ou de rumo) mas muito mais profundo (é uma questão
paradigmática). Com os dogmas herdados do 25 de abril (que por sua vez
nasceram dos excessos de periodos anteriores) não conseguiremos mais
do que mascarar uma reforma que já aparece (felizmente) a todos como
indispensável mas que ainda ninguem conseguiu marcar-lhe uma direcção
ou um ritmo. Têm sido os estrangeiros (através dos famosos exames da
troika) que nos têm sugerido o caminho. O processo contudo já vai
pegando cada vez menos à medida em que o Zé se vai apercebendo disso
mesmo. Somos ignorantes mas não somos estupidos. A coisa progride aos
soluços com algumas vitórias aqui e acolá, mas sem ritmo nem direcção
definida. O mais fácil vai sendo feito, mas para os ossos mais duros
de roer parece não haver dentes.
Neste novo século (e com esta nova geração) os
paradigmas de vida são outros. Já não faz muito sentido falar-se em
emprego (ou em desemprego) como coisa vital, como objectivo de vida
como há 50 anos. Hoje é mais importante fazer-se o que se quer (mas
bem) do que apenas qualquer coisa que nos sustente. Por isso há mais
licenciados em biologia ou em ciencias exactas do que antes, ou
pessoas dedicadas a actividades que outrora eram consideradas meros
hobbies. A jardinagem por exemplo, ou a gestão de aquários ou de
hostels. O exercicio da politica como actividade profissional (que
hoje é visto como negativo à luz do funil do nosso dogmatismo) será
outro exemplo. Porque não considerar como uma profissão a gestão
política da coisa publica? Esta constatação leva-me à consideração de
outro dos elefantes brancos deste regime: o funcionalismo publico.
O funcionalismo publico nasceu da
institucionalização dos empregos do Estado. Quem trabalhasse para o
Estado (que é como quem diz para o governo, que é quem corporiza o
Estado) era considerado como o executante das decisões dos chefes. Era
assim uma pessoa importante, considerada, a quem se podia fazer
pedidos (empenhos como se dizia antanho) pois se presumia gozar da
intimidade dos chefes que representava, que por sua vez o tinha
escolhido para seu representante. Eram assim os cobradores de
impostos, os policias, os juizes, os diplomatas, os militares, os
professores e mais tarde os médicos, etc. etc. À medida que o Estado
engrandecia as suas tarefas administrativas, o funcionalismo publico
institucionalizava-se em corporações informais (algumas muito
poderosas que chegavam a influenciar os chefes nas suas decisões) e em
numero de agentes, divididos por sua vez em categorias profissionais,
de classe ou por actividades. Nasceu assim uma mole de gente que ia
crescendo à medida que o Estado crescia, por vezes até de uma forma
perversa (há actividades que são do Estado porque isso convinha aos
seus funcionários). Tudo isto pressupunha dinheiro, cada vez mais
dinheiro. O governo socorria-se dos impostos para sustentar esta mole
de gente maioritariamente inutil e excessiva. Assim surgiram os
défices e os sucessivos descontrolos orçamentais que chegaram aos
nossos dias com as consequencias conhecidas. Salazar, que sempre foi
avesso a alargar o âmbito dos funcionários do Estado, conteve esta
sangria financeira, reduzindo o numero de funcionários através de
contracções de pessoal (por vezes feitas de forma injusta) e criando
baias ideológicas às admissões.
A deificação do emprego (dogma marxista que
prevaleceu nas sociedades dos secs XIX e XX) deixou hoje de fazer
sentido. Assegurando o Estado os minimos de subsistencia dos seus
cidadãos (sejam eles cidadãos nacionais ou cidadãos europeus, ou seja,
vivam à custa do seu Estado de origem ou da comunidade de Estados de
que fazem parte) e deixando à livre escolha dos interessados a
actividade que o mercado livremente lhes proporciona independentemente
do que recebam (ou não) daquilo que fazem, deixa de ser necessário que
os governos sejam tão omnipotentes, açambarcadores e sufocadores dos
seus cidadãos, libertando-os das suas garras ao mesmo tempo que lhes
assegura segurança publica eficaz, cuidados medicos e medicamentosos
necessários, segurança social digna e justiça célere, simples e justa,
através de um sistema fiscal bem organizado, progressivo e despido de
preocupações ideológicas.
Isto sim seria uma boa reforma do Estado.
ALBINO ZEFERINO
1/2/2013
escrevinhar em revistas conselhos sobre qual a melhor maneira (no ver
deles, está claro) de reformar o Estado. Uns dizem que há que cortar
nas "gorduras" como se o principal problema do Estado fosse ser gordo
demais. Outros distraem-se com palpites sobre que actividades deve o
Estado reduzir para poder aumenta-las noutros lados, como se o
problema fosse simplesmente uma questão de redistribuição de meios.
Outros ainda (mais radicais) aconselham (se não exigem) que se tire
aos ricos (onde estão eles?) para dar aos pobres, papagueando slogans
requentados de um marxismo morto e enterrado.
O problema não é conjuntural (mera mudança de
estratégia ou de rumo) mas muito mais profundo (é uma questão
paradigmática). Com os dogmas herdados do 25 de abril (que por sua vez
nasceram dos excessos de periodos anteriores) não conseguiremos mais
do que mascarar uma reforma que já aparece (felizmente) a todos como
indispensável mas que ainda ninguem conseguiu marcar-lhe uma direcção
ou um ritmo. Têm sido os estrangeiros (através dos famosos exames da
troika) que nos têm sugerido o caminho. O processo contudo já vai
pegando cada vez menos à medida em que o Zé se vai apercebendo disso
mesmo. Somos ignorantes mas não somos estupidos. A coisa progride aos
soluços com algumas vitórias aqui e acolá, mas sem ritmo nem direcção
definida. O mais fácil vai sendo feito, mas para os ossos mais duros
de roer parece não haver dentes.
Neste novo século (e com esta nova geração) os
paradigmas de vida são outros. Já não faz muito sentido falar-se em
emprego (ou em desemprego) como coisa vital, como objectivo de vida
como há 50 anos. Hoje é mais importante fazer-se o que se quer (mas
bem) do que apenas qualquer coisa que nos sustente. Por isso há mais
licenciados em biologia ou em ciencias exactas do que antes, ou
pessoas dedicadas a actividades que outrora eram consideradas meros
hobbies. A jardinagem por exemplo, ou a gestão de aquários ou de
hostels. O exercicio da politica como actividade profissional (que
hoje é visto como negativo à luz do funil do nosso dogmatismo) será
outro exemplo. Porque não considerar como uma profissão a gestão
política da coisa publica? Esta constatação leva-me à consideração de
outro dos elefantes brancos deste regime: o funcionalismo publico.
O funcionalismo publico nasceu da
institucionalização dos empregos do Estado. Quem trabalhasse para o
Estado (que é como quem diz para o governo, que é quem corporiza o
Estado) era considerado como o executante das decisões dos chefes. Era
assim uma pessoa importante, considerada, a quem se podia fazer
pedidos (empenhos como se dizia antanho) pois se presumia gozar da
intimidade dos chefes que representava, que por sua vez o tinha
escolhido para seu representante. Eram assim os cobradores de
impostos, os policias, os juizes, os diplomatas, os militares, os
professores e mais tarde os médicos, etc. etc. À medida que o Estado
engrandecia as suas tarefas administrativas, o funcionalismo publico
institucionalizava-se em corporações informais (algumas muito
poderosas que chegavam a influenciar os chefes nas suas decisões) e em
numero de agentes, divididos por sua vez em categorias profissionais,
de classe ou por actividades. Nasceu assim uma mole de gente que ia
crescendo à medida que o Estado crescia, por vezes até de uma forma
perversa (há actividades que são do Estado porque isso convinha aos
seus funcionários). Tudo isto pressupunha dinheiro, cada vez mais
dinheiro. O governo socorria-se dos impostos para sustentar esta mole
de gente maioritariamente inutil e excessiva. Assim surgiram os
défices e os sucessivos descontrolos orçamentais que chegaram aos
nossos dias com as consequencias conhecidas. Salazar, que sempre foi
avesso a alargar o âmbito dos funcionários do Estado, conteve esta
sangria financeira, reduzindo o numero de funcionários através de
contracções de pessoal (por vezes feitas de forma injusta) e criando
baias ideológicas às admissões.
A deificação do emprego (dogma marxista que
prevaleceu nas sociedades dos secs XIX e XX) deixou hoje de fazer
sentido. Assegurando o Estado os minimos de subsistencia dos seus
cidadãos (sejam eles cidadãos nacionais ou cidadãos europeus, ou seja,
vivam à custa do seu Estado de origem ou da comunidade de Estados de
que fazem parte) e deixando à livre escolha dos interessados a
actividade que o mercado livremente lhes proporciona independentemente
do que recebam (ou não) daquilo que fazem, deixa de ser necessário que
os governos sejam tão omnipotentes, açambarcadores e sufocadores dos
seus cidadãos, libertando-os das suas garras ao mesmo tempo que lhes
assegura segurança publica eficaz, cuidados medicos e medicamentosos
necessários, segurança social digna e justiça célere, simples e justa,
através de um sistema fiscal bem organizado, progressivo e despido de
preocupações ideológicas.
Isto sim seria uma boa reforma do Estado.
ALBINO ZEFERINO
1/2/2013
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