quinta-feira, 5 de novembro de 2015
NÃO SE ILUDAM
Deixemo-nos de fitas! O Costa não desistirá de tentar ser primeiro ministro à força. Pois se o aldrabão do Sócrates conseguiu, não há-de o preto conseguir? A enorme rasteira que o PS do Costa passou ao PSD e ao país inteiro, com a colaboração das gajas e dos gays e a do velho e dos seus ressabiados, ainda mexe. Não se iludam com a constatação da aldrabice dos acordos impossiveis, pois o chumbo do Passos está decidido. "Com a nossa colaboração a direita não contunuará no poder", disse, não me lembro onde nem quando, um dos meninos do Jerónimo. Vi e ouvi eu mesmo. Ninguem me contou. O que se passará depois, logo se verá.
Assim sendo, há que contar com um governo de gestão de terça feira em diante. Dizem-me vozes cautelosas que Cavaco está à espera do chumbo do governo para dar o golpe do rabo de raia, que consistiria (segundo essas cautelosas fontes) no seguinte: Constatando que a sua imagem publica está pelas ruas da amargura, Cavaco prepara o golpe da sua vida para, qual prestigitador de feira, limpar a sua imagem baça e incómoda, numa saida triunfal para o hall da fama lusitana, ao lado de Eusébio e de Amália. Como o fará?
Voltando a recorrer às vozes cautelosas que me sussurram ao ouvido, com a sua resignação,o homem mata dois (eu diria mesmo tres) coelhos duma só cajadada. Logo após o chumbo parlamentar do governo, o homem apresenta a sua demissão na televisão (como fez o Spínola, depois do 28 de Setembro de 1974, lembram-se?) explicando ao estupefacto e assustado Zé Povinho que sai porque não quer deixar o seu nome ligado à falência de Portugal, dando posse a um governo de esquerda que nem Soares nem Sampaio tiveram a coragem de fazer. Assim mata Costa que será responsabilizado pelos seus pares (e não só) pela desgraça em que fez cair o país.
Mas não só mata Costa. Mata Passos, que vai deixar em lume brando até que o novo presidente decida o que fazer com ele. Com o PSD desfeito pela espera, Passos é trucidado pelos barões laranjas e substiuido antes das novas eleições. E vão dois. Forçando a antecipação das presidenciais com a sua demissão, Cavaco mata ainda Marcelo (ou pelo menos compromete-lhe o passeio eleitoral) deixando-o sem tempo para a campanha e sem partido para o apoio.
Como se vê, a procissão ainda vai no adro e ainda temos muito que penar até que a missa acabe. Como ficará a igreja depois disto tudo é que já não sei. Talvez as tais vozes cautelosas que me sussurram ao ouvido se descaiam outra vez e me dêm um palpite.
ALBINO ZEFERINO 5/11/2015
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