domingo, 22 de novembro de 2015
O FUTURO GOVERNO DO PS
Já praticamente adquirida a ideia de que Cavaco vai dar posse constrangidamente a Costa como futuro PM deste país confundido e politicamente original, o futuro lider já se apressou a declarar que "vai governar à direita" para descanso daqueles que receiam um retrocesso (garantido a meu ver) da recuperação económica, embora ainda ténue, que Passos e Portas esforçadamente conseguiram em 4 anos de governação, socialmente contestada e politicamente polémica.
Mas como será possivel governar à direita com o apoio dos partidos contestatários duma politica reformista "arrancada" laboriosamente às "garras" duma Constituição esquerdizante e socialmente contestada com greves politicas permanentes e declarações publicas inflamadas? Os acordos assinados pelo PS com o PC e com o BE não deixam qualquer duvida quanto à direcção que os coisas vão tomar. Grosso modo, vamos retroceder no esforçado caminho traçado pelo governo reformista de Passos, pois não vejo como será possivel manter o limite de 3% no défice imposto pelo programa de desenvolvimento sustentado que a Europa espera de nós.
Efectivamente, basta passar os olhos pelos acordos para constatar que os compromissos a que o PS se submeteu, traduzem, todos eles, um acréscimo da despesa publica e uma redução da receita. Senão vejamos: O PS obrigou-se a descongelar as pensões, a repor os feriados, a acabar com os recibos verdes, a por fim aos estágios, a acabar com os precários, a extinguir a mobilidade funcional, a repor a contratação colectiva na Função Publica, a devolver os complementos de reforma, a não reduzir a TSU para os patrões, a reduzir o IVA na restauração, a aumentar o salário minimo, a repor a clausula de salvaguarda no IMI, a aumentar os escalões no IRS, a proteger os titulares de casa própria de penhoras e execuções fiscais, a aumentar o numero de trabalhadores no SNS, a reforçar o apoio social escolar, a reduzir o numero de alunos por turma, a dar emprego automático aos investigadores doutorados, a reverter as privatizações e as concessões das empresas de transporte publico e a acabar com as privatizações. Como se pode constatar, tudo medidas penalizadoras do Orçamento do Estado.
A apregoada governaçao à direita por parte de Costa não passa assim de mais uma balela lançada através da comunicação social, impossivel de concretizar e apenas destinada a enganar os incautos e assustados cidadãos deste desgraçado país à beira mar plantado, numa tentativa enganadora de se preservar no poder com o apoio dos contestatários ao regime europeista e ocidental que Portugal escolheu vai para 25 anos. O putativo novo chefe do governo pensa que poderá, com habilidades destas, jogando parlamentarmente, quer à esquerda, quer à direita, aguentar um relaxamento da austeridade ao mesmo tempo que satisfaz os compromissos a que o governo portugues se obrigou ao entrar na zona euro da UE. Impossivel, direi eu. Não podemos ter chuva no nabal e sol na eira ao mesmo tempo.
O desfecho de tal politica será uma queda do governo PS a curto prazo obrigando a novas eleições clarificadoras sobre qual o destino que os portugueses preferem: um governo tipo Sirysa sem rumo nem direcção, ou a continuação duma recuperação sustentada da economia que conduza Portugal a um estádio superior de sustentação capaz de ombrear com os seus parceiros mais desenvolvidos da UE. Tudo isto porem daqui a um ano, que será o tempo necessário para as comadres de hoje se zangarem umas com as outras e o novo Presidente se convencer de que, sem novas eleições, nada poderá ser feito de positivo para o país. Uma perda de tempo, enfim! Costa será sem duvida o arauto da desgraça que nos tocará durante o próximo ano. A ver vamos!
ALBINO ZEFERINO 22/11/2015
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