E o que fará o grande Elias? Prudentemente já deixou entender por meias palavras, lançadas uma de cada vez (para confundir) mas suficientemente claras para quem o saiba ouvir, que não daria posse a nenhuim governo minoritário saído das próximas eleições. Cavaco não quer assim chamar a si a responsabilidade do desastre que se seguiria à entrada em funções de um novo governo minoritário. Mas disse mais. Disse tambem que o presidente não tem que governar, pois essa tarefa compete constitucionalmente ao governo. Desta maneira descartou qualquer hipótese que eventualmente pairasse no espírito de alguns de se tornar num super primeiro-ministro que orientasse o novo governo nas suas grandes opções governativas. Não querendo dar posse a um eventual governo minoritário nem se responsabilizando por governos não sólidamente maioritários, Cavaco está a abrir uma grande porta para que Sócrates (desde que se aguente nas eleições) continue como chefe de um governo de gestão forçando-o a pedir a ajuda externa que recusa e humilhando-o definitivamente através de vetos sucessivos.
Se assim fôr não nos queixemos de desgraças. Nos conturbados tempos que correm, quem continua a viver despreocupado sempre à espera que alguém resolva os problemas da sua vidinha, não se poderá depois queixar de que não teve oportunidade para ajudar a criar as condições de sairmos desta alhada em que os sócretinos nos meteram. Os credores parece que esperam até Junho. Depois já não.
ALBINO ZEFERINO 3/4/2011
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