quarta-feira, 27 de abril de 2011

O QUE ESTÃO CÁ A FAZER AFINAL OS HOMENS DO FMI E COMPANHIA ?

Desde há quinze dias que cá temos uns tipos estrangeiros vasculhando nas nossas contas e até agora tudo parece estar na mesma. Falam com o governo, com os bancos, com as empresas, com os sindicatos e com os partidos, mas a malta continua tranquila, a fingir que trabalha, a tirar férias e a ir ao cinema, a passear e a ir às compras. O governo e os bancos continuam a conseguir todas as semanas o dinheiro emprestado necessário para nos pagarem os ordenados e as reformas, mais os subsidios e a saúde e as escolas grátis (talvez se paguem mais uns jurozitos do que antes, mas isso não se nota agora, pois fica para resolver mais tarde). Vêem-se de facto mais alguns pedintes nas ruas, menos carros nas autoestradas, um pouco mais de insegurança, mas nada de grave. Isto da crise é coisa de políticos que precisam de distracções para se fazerem notar. O Porto, o Benfica e o Braga até vâo disputar as meias-finais da campeonato da Europa. Pela primeira vez temos tres equipas nas meias- finais.  Somos grandes e o resto é paisagem. O Sócrates afinal, mesmo aldrabando a malta, lá vai conseguindo aguentar os cavalos. Para quê então as eleições?
          Os mais agitados parecem ser a intersindical e os comunistas que já anunciaram que não contem com eles para as reformas de que os jornais (sempre tão sensacionalistas) vêem anunciando como sendo indispensáveis para nos continuarem a emprestar o dinheiro de que precisamos para viver. Como se sem o acordo dessa malta as reformas não se pudessem fazer! O que eles não explicam é que se as reformas necessárias para um desenvolvimento económico sustentado de Portugal não forem feitas, deixaremos de conseguir os empréstimos  para sobreviver. É o mesmo do que seria um barco a meter água e alguns dos passageiros continuarem no bar a beber copos em vez de irem para o porão ajudar a tapar os rombos que deixam entrar a água, que se não forem tapados a tempo farão com que o barco se afunde. O género do que se passou com o Titanic.
          O que os homens do FMI estão fazendo é a detectar onde estão as nossas maiores fragilidades (já se sabe que são nos sectores da saúde, da educação, dos apoios sociais e da administração publica) para proporem as reformas necessárias para que nos continuem a emprestar dinheiro sem o qual nos afundaremos como o Titanic. As eleições vão servir para que escolhamos por nós próprios qual será o melhor governo para fazer essas reformas indispensáveis. Será o de Sócrates que já deu provas bastantes da sua incompetencia e pusilaminidade na desastrada condução dos negócios públicos durante os ultimos 6 anos? Ou será antes um novo governo conduzido pelo PSD descomprometido com as politicas erradas que nos conduziram à situação desgraçada em que estamos? Por mim não tenho duvidas. Tenho duvidas é que muitos portugueses compreendam a importancia das eleições que se aproximam e da oportunidade que se lhes oferece para salvarem Portugal duma grande desgraça. 
 
                                            ALBINO  ZEFERINO   26/4/2011          

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