Diz-se para aí que nova guerra mundial rebentará
lá para o verão deste ano de 2012. As condições objectivas existem. As
sanções contra o Irão foram decididas e a ameaça iraniana de encerrar
o estreito de Ormuz foi feita. Contudo, não creio que os politicos
sejam tão loucos que vão por aí. É certo tambem que Sarkozy não está
seguro de conseguir o 2º mandato, nem Obama a sua reeleição. Cameron e
Merkel tambem não se sentem lá muito confortáveis nas suas maiorias e
a Europa não consegue arrancar para a recuperação economica. A Turquia
de Erdogan está cada vez mais longe da Europa e Netanyau cada vez mais
radical. Os condimentos para a catástofre estão a perfilar-se: as
esquadras norte-americana, francesa e inglesa estão estacionadas ao
largo de Omã e parece haver indicios de movimentações militares no
estreito de Ormuz em território iraniano. 30% do trafego petrolífero
mundial, proveniente do Irão, do Iraque, do Kuwait e dos Emirados
passa pelo estrito de Ormuz. Só falta a oportunidade. Russia, Síria,
China e Israel espreitam de perto, prontas a intervir. O preço do
barril de crude não pára de subir e a OPEP não consegue já
controlá-lo. A lenta deterioração das economias ocidentais acentua-se
e os próprios países emergentes parece terem travado o seu
crescimento. Nunca desde há 70 anos estivemos tão perto duma nova
desgraça. Será que o governo portugues tem consciencia disto?
ALBINO ZEFERINO
(CORRESPONDENTE DIPLOMÁTICO APOSENTADO) 5/2/2012
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