Finalmente parece que o ministro Santos Pereira acordou.
A prova é a desesperada reacção dos Carvalhos da Silva desta terra.
Mas afinal o que é que eles pretendem? Pegar fogo ao país como os
gregos estão fazendo? Ainda não perceberam que não há alternativas, ou
em desespero de causa preferem a politica da terra queimada? Por menos
do que isto se iniciaram revoluções que transformaram o mundo e de
onde ninguem saiu a ganhar. E o que pretende Cavaco? Juntar-se aos
sindicalistas para ver se arranca um terceiro mandato com o apoio
deles?
No meio de toda esta desgraça para onde os Sócrates,
Mexias, Barrosos, Guterres, Cavacos, Soares, Santanas e demais
vigaristas nos empurraram, temos a sorte de ter os gregos que nos
alumiam o caminho. Mas os nossos sindicatos desesperados com a perda
dos "direitos garantidos" e das "amplas liberdades" conquistadas
parece estarem determinados em nos desgraçar definitivamente. E ainda
por cima com o apoio do grande Cavaco salvador da Humanidade lusa das
garras do comunismo feroz. Se não fosse real, parecia uma história de
Kafka.
Regressado de Espanha onde fui ver como paravam as modas
para aqueles lados, verifiquei com espanto como toda a sociedade
espanhola se está unindo em torno do designio de fugir do centro do
furacão que engole todos os que dele se aproximam, como nós fizemos.
Os sindicatos deles estão unidos, não para reclamar mais salários ou
menos sacrificios para o povinho, mas para alertar as gentes para os
riscos que a Espanha corre se não alinhar incondicionalmente com a
Europa na defesa do euro e da integração europeia.
No meio desta enorme confusão que nos atinge a todos não
devemos perder o norte levados por contos do vigário que os
chicos-espertos desta terra nos querem contar, mas sim apoiar aqueles
que honestamente (pela primeira vez desde há 37 anos) procuram
ajudar-nos a sair deste buraco escuro e profundo onde nos fizeram
cair. Saibamos com coragem e determinação separar o trigo do joio e
lutar por um mundo melhor e mais sério que nos leve por caminhos
rectos e honestos, solidários uns com os outros e com aqueles de quem
dependemos para sobreviver neste conturbado inicio de século que ainda
não sabemos para onde nos vai conduzir.
ALBINO ZEFERINO em 20/10/2011
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