segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PORTUGAL É UM PAÍS PARA VELHOS

Com a institucionalização da crise, que é como quem diz 
que jamais recuperaremos desta palmada, há que fazer uma projecção 
futura da nossa existencia. Assumindo como todos parece acreditarmos 
que Portugal por muito que não consiga reagir aos efeitos da crise não 
vai sair do mapa, chega-se facilmente a duas conclusões óbvias. A 
primeira é que a gente jovem que presta está toda a sair na busca de 
futuro mais longe e depois que inversamente estamos a importar cada 
vez mais indesejaveis provenientes de outras paragens. Só cá ficam os 
que não conseguem sair por incapacidade fisica, intelectual ou 
material, ou seja os velhos, os ignorantes e os indigentes. 
Com estas permissas é fácil concluir que o futuro de 
Portugal venha a ser o de um país para velhos. Para os que cá fiquem 
(os portugueses de origem ou indígenas) e para os que para cá venham 
viver atraídos pelas praias e pela amenidade climática, mas tambem 
pela insegurança e pelos brandos costumes. Os jovens ou aqueles que 
sendo já menos jovens consigam arranjar ocupações mais rentáveis e com 
melhor futuro aproveitar-se-ão da liberdade de circulação europeia 
para escaparem do atraso de vida em que Portugal se está 
transformando. 
A integração europeia (a possivel já não a desejável) 
far-se-á por necessidade e já não por solidariedades continentais, 
proporcionando uma comunidade de regiões (mais do que de países) com 
índices de desenvolvimento distintos e qualidades de vida 
diferenciadas. Tal como se passou durante os impérios romano, 
carolíngio, austríaco, napoleónico ou hitleriano. Havia os Estados 
independentes, os associados, os protectorados, os ocupados (hoje 
serão os intervencionados) e as colónias. Cada um deles com graus de 
autonomia e de desenvolvimento distintos. Uns dependiam dos outros em 
maior ou menor grau consoante os interesses dos maiores, que mandavam 
directa ou indirectamente em todos os outros. Em qualquer destas 
modalidades Portugal ficará sempre mais ou menos dependente da 
Espanha, vizinha única. A Espanha joga noutro campeonato diferente do 
nosso, já cá esteve a mandar, já cá está hoje implantada e sobretudo 
já faz parte do esquema mental dos grandes de que nós pertencemos à 
area de influencia espanhola. 
Quando a crise passar, Portugal estará transformado não 
na California da Europa como muitos apregoavam mas na Flórida da 
Europa, cheia de reformados e incapacitados, agarrados às suas 
cadeiras de rodas e às suas manias, sujeitos aos roubos constantes 
feitos pelos imigrados do Leste e da África, organizados em gangues 
infiltrados pela polícia e imunes à justiça por incapacidade desta se 
reformar. O SNS e os restantes serviços publicos funcionarão cada vez 
pior e o único sector em expansão serão os serviços funebres, já hoje 
nas mãos dos americanos da Servilusa. Portugal, país de patos-bravos 
e de promotores imobiliários, passará de um país que tem vivido de 
rendas ou de negócios protegidos ou tutelados pelo Estado, para uma 
espécie de Caparica dos espanhois que afluirão nos seus AVE até Huelva 
e Badajoz e depois de camioneta até às praias carregados com os seus 
farneis, filharada e gritaria castelhana. Se não fôr assim será 
certamente muito parecido. 

ALBINO ZEFERINO 30/10/2011 

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