sábado, 7 de janeiro de 2017

ANO NOVO VIDA NOVA


          Se os castigados portugueses querem gozar neste ano que agora começou, uma vida nova sem mais sacrificios e sem maiores penas, então há que desmascarar esta comédia que o PS e o seu Costa encenaram depois de ter perdido as eleições fingindo tê-las ganho, já vai para mais de um ano. A malfadada e velha Constituição enjorcada à medida do PREC que a elaborou, pelas mãos de alguns vendidos da politica que fingiam procurar redigir um documento liberal (consagrador da liberdade), mas ao mesmo tempo que não fugisse aos ditames revolucionários e a caminho do socialismo que o famigerado Conselho da Revolução vigiliante propugnava (consagrador do dirigismo marxista), permitiu, por não proibir, a constituição da Frente Popular, na qual a governação socialista se tornou ao associar à sua estratégia governativa os dois mais radicais partidos da esquerda portuguesa. Matematicamente falando, os votos associados dos socialistas vencidos com os escassos 20% do eleitorado, que representam a soma dos deputados do Bloco juntamente com os do PCP, a geringonça assegura votações parlamentares formalmente maioritárias que a ajudam a não se desfazer em pedaços, como aparentemente seria normal. A ajuda interesseira do Presidente da Republica, que zela pela recondução com o apoio da metade não socialista do país associada aos gananciosos da esquerda, tem contribuido tambem poderosamente para isso.
          Só que agora a coisa começa a fiar mais fino. O estado lastimoso em que o governo encontrou os bancos portugueses, afogados nos escandalos que os anteriores governos e os seus banqueiros deixaram cair o sector financeiro em Portugal, está a comprometer o instável equilibrio politico que os equilibristas Costa e Marcelo ensaiaram com esta perigosa experiencia. A venda ao desbarato de alguns bancos comprometidos com malparados incobráveis, cuja responsabilidade permaneceu na esfera publica, associada à teimosa determinação em evitar a declaração de falência (fraudulenta) da Caixa Geral de Depósitos e do Novo Banco (resquicio engenhoso do rescaldo da queda aos trambolhões do grupo GES) está a comprometer o equilibrio instável do governo e a aproximar Portugal de uma situação de emergencia financeira próxima da insolvência, que pode levar os nossos parceiros comunitários a nova intervenção ainda mais musculada do que aquela de onde saimos há pouco tempo, empurrando Portugal para uma situação idêntica à da Grécia.
          Com o inicio das negociações do Brexit previstas para este ano, as regras de salvamento por parte da UE dos parceiros em dificuldades tenderão a relaxar e até a serem aligeiradas em termos concretos, deixando os países em dificuldades mais dependentes de si próprios do que anteriormente, ou seja entregues aos bichos como se diria na gíria. E nós sabemos como acabam os pobres quando deixam de receber os subsidios de sobrevivência. Normalmente ficam a morrer nas valetas.
          Esperemos não chegar a esta degradação, mas receio fortemente que, a não ser alterada a situação para a qual caminhamos a olhos cada vez mais vistos, o caminho a fazer durante o ano que agora começará será muito duro e penoso. Não nos iludamos com regressões da austeridade que não trazem nenhum beneficio a ninguem, nem pensemos que a manutenção da actual situação politica será a salvação para os nossos males. Sem esforço, trabalho, perseverança e denodo conseguiremos sair deste fosso, onde anos e anos de poucas vergonhas, de enganos e de roubalheiras nos conduziram. Haja juizo!

                   ALBINO  ZEFERINO                                                           7/1/2017

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