quinta-feira, 24 de março de 2011

A VINGANÇA DO CHINÊS

           Sem descartar a incompetência revelada por Sócrates e pelos seus sócretinos ministros na condução dos destinos deste pobre país, poder-se-á dizer que foi o buraco financeiro resultante da precipitada e incompreensivel nacionalização do BPN que provocou a queda deste malfadado governo. O argumento bacoco do risco sistémico que a falência de um banco já tecnicamente falido há muito tempo causaria no sistema bancário portugues foi pura falácia e só serviu para prolongar a morte de um doente sem condições de cura à custa do erário público, ou seja do dinheiro dos contribuintes. A decuplicação dos prejuizos registados no momento da nacionalização do banco maldito, da qual resultou um aumento do défice do Estado de mais de 2 mil milhões de euros, foi a gota de água que fez transbordar o copo da paciencia europeia. Em quase todos os países atingidos pela crise financeira resultante dos creditos do sub-prime houve bancos que abriram falência, desde o grande Lehman Bros às banquetas irlandesas, passando por bancos ingleses de referencia e pelas Caixas espanholas, sem que em nenhum dos respectivos países se registasse qualquer corrida aos depósitos bancários. Porque haveria de ser diferente em Portugal se o governo dos sócretinos tivesse (como deveria ter feito) deixado morrer o BPN de inanição logo que as fraudes na sua gestão foram detectadas? Numa atitude saloia (muito própria dos portugueses de que "a mim ninguem me vira") o ministro albino apressou-se a propôr ao restante governo de saloios a nacionalização de um banco inviável que apenas existia para servir de tesouraria a uma empresa de ladrões que explorava o próximo sem olhar a meios e com uma voracidade estonteante. Agora, enquanto a submissa e incompetente justiça portuguesa finge que pune o chefe dos ladrões (já vai para dois anos que o processo está em fase de instrução) Cavaco e sus muchachos estão rindo-se de gozo antevendo o vexame por que Sócrates está a passar em Bruxelas passeando as suas mágoas no meio dos cínicos "amigos do peito" que lhe vão dando palmadinhas nas costas enquanto lhe perguntam qual é o primeiro nome de Passos Coelho.
 
                                                       ALBINO  ZEFERINO      24/3/2011    

Sem comentários:

Enviar um comentário