Num momento de enormes duvidas quanto ao futuro de
Portugal resultante da crise global que nos assola, cabe perguntar-se
quais são os países que mais interesse têm na preservação da nossa
independencia como Nação livre e soberana, pois só assim poderemos
esperar alguma solidaridade nos esforços que vamos empreendendo para
atingirmos esse objectivo. Desde sempre que em momentos de crise
outros povos vieram em nosso socorro, sempre interessadamente é certo,
mas cuja ajuda foi decisiva para a preservação da nossa identidade
enquanto povo independente e capaz de cuidar de si. Foram os ingleses,
para cuja estratégia expansionista era indispensável travar o acesso
fácil dos espanhois ao Atlantico (em Aljubarrota e na Restauração) ou
evitar que mais tarde países seus rivais controlassem o Atlantico nas
suas caminhadas europeias (a França napoleonica e a Alemanha nazi), os
que mais nos ajudaram durante a nossa história de glórias e de
fracassos. Mas foram tambem os ingleses que, conhecendo-nos melhor,
mais nos exploraram e nos achincalharam (Protectorado de Beresford,
Ultimato de 1890 e 1ª Grande Guerra). Foi ainda aos ingleses a quem
Salazar recorreu no periodo entre guerras (a troco de apoio
financeiro, a Inglaterra ficou com os correios, telegrafos, telefones,
redes de transportes, monopólios comerciais e outros em Portugal).
Mais nenhum outro país teve uma influencia tão forte na defesa da
nossa identidade própria como os ingleses, a troco da cedencia de
partes da nossa soberania (a libra, por exemplo, circulava em Portugal
a par do escudo, como moeda de referencia).
Com a entrada na União europeia e a subsequente
adopção do euro como moeda nacional, fomo-nos afastando da
Grâ-Bretanha, que hoje deixou de constituir referencia em Portugal,
para nos enfeudar-mos na chamada europeização do país, espécie de
crença que tudo justifica e tudo explica. Agora que estamos
intervencionados por essa Europa que tanto desejámos e idolatrámos,
procuramos ainda estrebuchar alguma independencia entregando sectores
importantes da nossa economia a terceiros países que nos acenam com
investimentos que serão rentáveis certamente para eles mas talvez não
tanto para nós. Refiro-me a chineses e a angolanos que se estão
apropriando, uns do sector energético e outros do bancário portugues.
Compreende-se o interesse chines na tecnologia portuguesa e sobretudo
na internacionalização da EDP atraves da qual poderão mais facilmente
penetrar no Brasil e na America. Quanto aos angolanos, a tomada de
participações importantes na banca portuguesa permite-lhes entrarem no
controlado mercado financeiro europeu tornando-os players mundiais no
sector. A Europa (e os alemães em particular) que contavam conosco
como extensão espanhola e tambem brasileira dos seus interesses, está
a verificar que a liberalização rapida e descontrolada da economia
portuguesa está a virar-se para outras paragens menos apetecidas dos
europeus (leia-se dos alemães). Queira Deus que a boa-vontade com que
a troika tem vindo a acompanhar a lenta e problemática recuperação
portuguesa não se transforme no lobo mau que tem açulado a Grécia e a
está e empurrar encosta abaixo em direcção ao precipicio fatal.
ALBINO ZEFERINO
30/1/2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
COMO SERÁ O MEU FUTURO?
A primeira parte da minha vida, correspondente à
minha infancia e á minha adolescencia, passou-se relativamente bem e
portanto bastante depressa. Vivia-se nessa altura em Portugal em
pleno salazarismo e fazendo eu parte de uma familia acomodada, nunca
senti verdadeiramente o peso do Estado na minha vida. Os meus pais
educaram-me bem, como era suposto ser educado naquela época um
rapazinho da classe média, frequentando colégios particulares e
cumprindo os programas de ensino iguais para toda a gente. Em casa
não se falava de politica (isso era deixado para os cerebros que da
politica se ocupavam) e as vicissitudes sociais passavam-me ao lado,
como de todos os que me rodeavam, familia, colegas, vizinhos, amigos,
conhecidos e parentes. Depois de um secundário mediano mas sem faltas
fui para a faculdade, onde pela primeira vez deparei com questões
sociais e politicas (estava-se nos anos 60) que observei de longe, mas
sem nunca me envolver. A contestação juvenil à guerra colonial, o
maio de 68 em França, o caso Delgado, a revolta de Beja, as greves
universitárias, em suma, a generalização da reacção a um regime que
atingia o seu fim, não se me afigurou tão evidente como agora 50 anos
depois surge na nossa história. Só com a morte de Salazar se tornou
mais óbvia a aproximação do fim do regime e a incógnita sobre o que se
iria passar a seguir. Estavamos habituados a tomar conta de nós
próprios e a olhar para o estrangeiro como um estranho a quem se
agradava ou desagradava consoante os nossos próprios interesses. Não
havia que formular estratégias para o relacionamento externo. Tudo
era mais simples e mais óbvio. Apesar de defrontarmos uma guerra sem
solução em tres frentes e 40% do orçamento do Estado estar hipotecado
a esse esforço, pouco se notava nas ruas e na vida do dia a dia.
Porém só poucas pessoas tinham direito a tudo e à maioria cada vez
faltava mais. Até que chegou o 25 de abril e a mudança radical da
sociedade portuguesa. Nessa altura eu, já formado, cumpria serviço
militar obrigatório ao qual não me eximi, nem fugindo para o
estrangeiro, nem fingindo mazelas que felizmente não tinha. Tinha
casado com a minha namorada de sempre e a nossa mais velha tinha
acabado de nascer. Com o fim do serviço militar, casado, com
responsabilidades familiares, mas sem emprego (naquela época um tipo
mediano como eu não tinha qualquer problema em encontrar ocupação
desde que tivesse um curso) resolvi concorrer á carreira diplomática e
entrei. Tinha iniciado a segunda parte da minha vida.
Com a minha entrada no mercado de trabalho e as
responsabilidades familiares entretanto criadas, coincidiu a vivência
sistemática no estrangeiro inerente à profissão que escolhera. Sem
experiencia familiar no sector e ao sabor das vicissitudes politicas,
sociais e económicas que decorriam em Portugal, consequência da
profunda alteração de hábitos,costumes e valores, que o 25 de abril
nos trouxe, fui aprendendo um pouco à minha custa a adaptar-me a uma
nova vida, com exigencias e tarefas desconhecidas para mim, que nos
toma completamente o tempo, o espirito e o modo de viver. Passaram
assim 37 anos a correr. Aprendi assim que não convém dizer sempre
tudo, que nem tudo o que luz é ouro, que os melhores nem sempre
vencem, que nem sempre o que parece é e que a vida tem mais de dubio
do que de certo. Ao mesmo tempo ganhava bem, estava protegido
profissionalmente, tinha apoio social garantido e sentia-me como
fazendo parte de um club de elite numa sociedade que se desconjuntava.
A coisa acabava por compensar. Alem disso, à medida que ia mudando de
actividade (em média cada 2/3 anos) sentia que me ia tornando cada vez
mais objectivo, sobretudo depois de passar alguns anos a viver no
estrangeiro. As coisas e sobretudo os acontecimentos que observava
começavam a significar para mim mais do que simples circunstancias do
momento e mais como fazendo parte de um todo mais geral, que encaixava
na evolução geoestratégica regional e mundial da sociedade em que
vivemos. Foi desta maneira que consegui, sem esforço, situar a
evolução social portuguesa desde o 25 de abril (e até antes) no seu
contexto politico e económico. É assim que percebo a integração
europeia e a defendo como unica via para a solução dos problemas
portugueses. Agora já reformado, com meus filhos casados e com uma
neta, permito-me a mim próprio exprimir aquilo que verdadeiramente
sinto como animal pensante.
Coincidindo com o que chamo a terceira parte da
minha vida (velho à espera da morte) surgiu uma verdadeira hecatombe
que se traduz na situação de descalabro económico em que Portugal se
encontra. Não tendo vivido sistematicamente em Portugal durante os
ultimos 35 anos, esperava que agora, passado tanto tempo e depois dos
portugueses terem partilhado longamente as experiencias e o modo de
vida europeu, eu pudesse tranquilamente fixar-me na terra onde nasci
sem as preocupações próprias de um refugiado, disfrutando duma pensão
de reforma suficiente para manter uma vida digna como a que levei até
aqui, representando com orgulho o meu país no estrangeiro. Mas o que
verifico é que os portugueses nada aprenderam do convivio com gentes
mais evoluidas, estão cada vez mais saloios e ignorantes, mais
aldrabões e vigaristas, com menos escrupulos e mais pouca-vergonha,
mais perguiçosos e velhacos, enfim, merecedores de todas as vilanias
que lhes façam e dignos do país que destruiram leviana e
inconscientemente. Deus tenha piedade de nós.
ALBINO ZEFERINO 28/1/2012
minha infancia e á minha adolescencia, passou-se relativamente bem e
portanto bastante depressa. Vivia-se nessa altura em Portugal em
pleno salazarismo e fazendo eu parte de uma familia acomodada, nunca
senti verdadeiramente o peso do Estado na minha vida. Os meus pais
educaram-me bem, como era suposto ser educado naquela época um
rapazinho da classe média, frequentando colégios particulares e
cumprindo os programas de ensino iguais para toda a gente. Em casa
não se falava de politica (isso era deixado para os cerebros que da
politica se ocupavam) e as vicissitudes sociais passavam-me ao lado,
como de todos os que me rodeavam, familia, colegas, vizinhos, amigos,
conhecidos e parentes. Depois de um secundário mediano mas sem faltas
fui para a faculdade, onde pela primeira vez deparei com questões
sociais e politicas (estava-se nos anos 60) que observei de longe, mas
sem nunca me envolver. A contestação juvenil à guerra colonial, o
maio de 68 em França, o caso Delgado, a revolta de Beja, as greves
universitárias, em suma, a generalização da reacção a um regime que
atingia o seu fim, não se me afigurou tão evidente como agora 50 anos
depois surge na nossa história. Só com a morte de Salazar se tornou
mais óbvia a aproximação do fim do regime e a incógnita sobre o que se
iria passar a seguir. Estavamos habituados a tomar conta de nós
próprios e a olhar para o estrangeiro como um estranho a quem se
agradava ou desagradava consoante os nossos próprios interesses. Não
havia que formular estratégias para o relacionamento externo. Tudo
era mais simples e mais óbvio. Apesar de defrontarmos uma guerra sem
solução em tres frentes e 40% do orçamento do Estado estar hipotecado
a esse esforço, pouco se notava nas ruas e na vida do dia a dia.
Porém só poucas pessoas tinham direito a tudo e à maioria cada vez
faltava mais. Até que chegou o 25 de abril e a mudança radical da
sociedade portuguesa. Nessa altura eu, já formado, cumpria serviço
militar obrigatório ao qual não me eximi, nem fugindo para o
estrangeiro, nem fingindo mazelas que felizmente não tinha. Tinha
casado com a minha namorada de sempre e a nossa mais velha tinha
acabado de nascer. Com o fim do serviço militar, casado, com
responsabilidades familiares, mas sem emprego (naquela época um tipo
mediano como eu não tinha qualquer problema em encontrar ocupação
desde que tivesse um curso) resolvi concorrer á carreira diplomática e
entrei. Tinha iniciado a segunda parte da minha vida.
Com a minha entrada no mercado de trabalho e as
responsabilidades familiares entretanto criadas, coincidiu a vivência
sistemática no estrangeiro inerente à profissão que escolhera. Sem
experiencia familiar no sector e ao sabor das vicissitudes politicas,
sociais e económicas que decorriam em Portugal, consequência da
profunda alteração de hábitos,costumes e valores, que o 25 de abril
nos trouxe, fui aprendendo um pouco à minha custa a adaptar-me a uma
nova vida, com exigencias e tarefas desconhecidas para mim, que nos
toma completamente o tempo, o espirito e o modo de viver. Passaram
assim 37 anos a correr. Aprendi assim que não convém dizer sempre
tudo, que nem tudo o que luz é ouro, que os melhores nem sempre
vencem, que nem sempre o que parece é e que a vida tem mais de dubio
do que de certo. Ao mesmo tempo ganhava bem, estava protegido
profissionalmente, tinha apoio social garantido e sentia-me como
fazendo parte de um club de elite numa sociedade que se desconjuntava.
A coisa acabava por compensar. Alem disso, à medida que ia mudando de
actividade (em média cada 2/3 anos) sentia que me ia tornando cada vez
mais objectivo, sobretudo depois de passar alguns anos a viver no
estrangeiro. As coisas e sobretudo os acontecimentos que observava
começavam a significar para mim mais do que simples circunstancias do
momento e mais como fazendo parte de um todo mais geral, que encaixava
na evolução geoestratégica regional e mundial da sociedade em que
vivemos. Foi desta maneira que consegui, sem esforço, situar a
evolução social portuguesa desde o 25 de abril (e até antes) no seu
contexto politico e económico. É assim que percebo a integração
europeia e a defendo como unica via para a solução dos problemas
portugueses. Agora já reformado, com meus filhos casados e com uma
neta, permito-me a mim próprio exprimir aquilo que verdadeiramente
sinto como animal pensante.
Coincidindo com o que chamo a terceira parte da
minha vida (velho à espera da morte) surgiu uma verdadeira hecatombe
que se traduz na situação de descalabro económico em que Portugal se
encontra. Não tendo vivido sistematicamente em Portugal durante os
ultimos 35 anos, esperava que agora, passado tanto tempo e depois dos
portugueses terem partilhado longamente as experiencias e o modo de
vida europeu, eu pudesse tranquilamente fixar-me na terra onde nasci
sem as preocupações próprias de um refugiado, disfrutando duma pensão
de reforma suficiente para manter uma vida digna como a que levei até
aqui, representando com orgulho o meu país no estrangeiro. Mas o que
verifico é que os portugueses nada aprenderam do convivio com gentes
mais evoluidas, estão cada vez mais saloios e ignorantes, mais
aldrabões e vigaristas, com menos escrupulos e mais pouca-vergonha,
mais perguiçosos e velhacos, enfim, merecedores de todas as vilanias
que lhes façam e dignos do país que destruiram leviana e
inconscientemente. Deus tenha piedade de nós.
ALBINO ZEFERINO 28/1/2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
MAIS UMA CAVACADA
|
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
SESSÕES DE ESCLARECIMENTO
|
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
A CONCERTAÇÃO SOCIAL
Convencidos de que o acordo a que chegaram vai
salvar o país da miséria, patrões e empregados deste jardim à
beira-mar plantado embandeiraram bacocamente em arco com as decisões a
que chegaram ontem de madrugada ao fim de horas e horas perdidas de
desconversa. Os patrões, que depois do abandono do abaixamento da TSU,
bem como da posterior meia-hora suplementar de trabalho diário,
contentaram-se agora com uma vaga bolsa de horas extraordinárias e uma
contracção dos dias de férias e sairam da reunião muito contentinhos,
tentando convencer os incautos que agora sim, estavam reunidas as
condições para que Portugal passasse a produzir à chinesa. Os
trabalhadores, por seu turno, de cabeça baixa e aparentando derrota,
esfregam as mãos de contentes pelo "histórico" acordo que vai deixar
tudo na mesma como a lesma. Os comunas da Intersindical, ausentes das
negociações e que continuam a mandar nos sindicatos mais populosos,
não se consideram vinculados a este acordo, que consideram espurio
porque contra os direitos adquiridos dos trabalhadores e contrário à
Constituição socialista que nos rege.
Não nos admiremos pois se as famigeradas agências
de rating continuarem a flagelar-nos com sucessivos abaixamentos da
nossa classificação de confiança que determina, quer queiramos ou não,
as taxas de juros que vamos pagando pelos nossos empréstimos. É claro
que isto faz parte da guerra surda dolar-euro, mas não nos
convençamos, como o primeiro-ministro quer fazer-nos crer, que estamos
fora dessa jogada e que por cá vai tudo no melhor dos mundos. Somos
atacados porque fazemos parte da zona euro e estamos vulneráveis, ou
seja "damos o flanco". Enquanto não nos convencermos e não convençamos
terceiros de que estamos efectivamente a mudar o sistema de governação
em Portugal, cheio de vícios e de alçapões, não conseguiremos sair
desta zona de turbulencia. Ninguem lá fora compreende para que serve
um presidente num regime semi-presidencialista, inventado por Salazar
para se manter no poder eternamente, nem porque razão ainda não nos
vimos livres da influencia dos comunistas que já não riscam em lado
nenhum, só aqui. Temos o plano da troika, a boa-vontade da dupla
Merkozy, as tranches de dinheiro a fluirem, a ausencia de alternativas
governativas. Falta ao governo mais determinação e mais coragem para
de uma vez por todas começar a reabilitação do país, sem compromissos
que desvirtuem os objectivos, nem cedências que comprometam as
finalidades. É preciso tirar os fantasmas dos armários das nossas
consciencias: já não há comunismo no mundo e as maçonarias estão
passadas de moda. Ataquemos os problemas de frente, forçando a
comunicação social e o governo a enfrentá-los: Porque temos ainda uma
constituição socialista? Porque razão não "limpamos" as camaras
municipais? Com que fundamento juridico se usam bens publicos para
pagar favores privados? Porque razão os partidos politicos não são
fiscalizados? Não seria isto uma tarefa mais util para incumbir o
presidente da Republica de fazer?
ALBINO ZEFERINO 17/1/2012
salvar o país da miséria, patrões e empregados deste jardim à
beira-mar plantado embandeiraram bacocamente em arco com as decisões a
que chegaram ontem de madrugada ao fim de horas e horas perdidas de
desconversa. Os patrões, que depois do abandono do abaixamento da TSU,
bem como da posterior meia-hora suplementar de trabalho diário,
contentaram-se agora com uma vaga bolsa de horas extraordinárias e uma
contracção dos dias de férias e sairam da reunião muito contentinhos,
tentando convencer os incautos que agora sim, estavam reunidas as
condições para que Portugal passasse a produzir à chinesa. Os
trabalhadores, por seu turno, de cabeça baixa e aparentando derrota,
esfregam as mãos de contentes pelo "histórico" acordo que vai deixar
tudo na mesma como a lesma. Os comunas da Intersindical, ausentes das
negociações e que continuam a mandar nos sindicatos mais populosos,
não se consideram vinculados a este acordo, que consideram espurio
porque contra os direitos adquiridos dos trabalhadores e contrário à
Constituição socialista que nos rege.
Não nos admiremos pois se as famigeradas agências
de rating continuarem a flagelar-nos com sucessivos abaixamentos da
nossa classificação de confiança que determina, quer queiramos ou não,
as taxas de juros que vamos pagando pelos nossos empréstimos. É claro
que isto faz parte da guerra surda dolar-euro, mas não nos
convençamos, como o primeiro-ministro quer fazer-nos crer, que estamos
fora dessa jogada e que por cá vai tudo no melhor dos mundos. Somos
atacados porque fazemos parte da zona euro e estamos vulneráveis, ou
seja "damos o flanco". Enquanto não nos convencermos e não convençamos
terceiros de que estamos efectivamente a mudar o sistema de governação
em Portugal, cheio de vícios e de alçapões, não conseguiremos sair
desta zona de turbulencia. Ninguem lá fora compreende para que serve
um presidente num regime semi-presidencialista, inventado por Salazar
para se manter no poder eternamente, nem porque razão ainda não nos
vimos livres da influencia dos comunistas que já não riscam em lado
nenhum, só aqui. Temos o plano da troika, a boa-vontade da dupla
Merkozy, as tranches de dinheiro a fluirem, a ausencia de alternativas
governativas. Falta ao governo mais determinação e mais coragem para
de uma vez por todas começar a reabilitação do país, sem compromissos
que desvirtuem os objectivos, nem cedências que comprometam as
finalidades. É preciso tirar os fantasmas dos armários das nossas
consciencias: já não há comunismo no mundo e as maçonarias estão
passadas de moda. Ataquemos os problemas de frente, forçando a
comunicação social e o governo a enfrentá-los: Porque temos ainda uma
constituição socialista? Porque razão não "limpamos" as camaras
municipais? Com que fundamento juridico se usam bens publicos para
pagar favores privados? Porque razão os partidos politicos não são
fiscalizados? Não seria isto uma tarefa mais util para incumbir o
presidente da Republica de fazer?
ALBINO ZEFERINO 17/1/2012
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
O ANO DE TODOS OS PERIGOS
2012 será definitivamente um ano decisivo para a
salvação de Portugal como nós o conhecemos desde há 900 anos. O
desmantelamento do famoso Estado social saído do PREC de 1974 com a
estrutura marxista que lhe foi imprimida por Cunhal y sus muchachos
com a cobarde abstenção de Soares e dos seus amiguetes socialistas
será o desafio que o governo Passos-Portas tem pela frente este ano
que agora começou. Espartilhado pelo MOU da troika (mas que lhe serve
de desculpa) o governo portugues vai ter uma tarefa muito dificil pela
frente se quizer efectivamente deixar obra feita. Será um pouco como
fazer omoletes sem ovos. Explico-me. Sob um pano de fundo democrático
assente numa Constituição de base marxista, o governo vai ter que
reformar pacificamente (isto é, sem reacções populares violentas) um
regime que fomenta a subsidiodependencia nacional como forma de vida
dos seus cidadãos para melhor os enquadrar politicamente. O sistema já
vem de Salazar, apenas sofreu uma viragem ideológica em 1974.
A isto soma-se o ambiente recessivo da economia
portuguesa que, se por um lado serve de pretexto para a adopção de
medidas reformistas (que de outro modo suscitariam uma imediata
reacção popular) aceites resignadamente por uma população pouco
esclarecida , por outro fomenta um desemprego crescente fruto da
dispensa de trabalhadores excedentários criando bolsas de pobres cada
vez mais carenciados que têm que ser apoiados pelo Estado. É este o
paradoxo que o governo da troika (como já é conhecido) tem que
enfrentar com a coragem do forcado e a determinação do obstinado.
O risco que o governo corre é compartilhado por
nós todos, saudosistas do PREC incluidos. Se não conseguirmos atingir
as metas que nos foram impostas na sequência do nosso pedido de ajuda
internacional (por falta de apoio popular ou por cedencia
governamental aos numerosos lobis instalados) o destino de Portugal
será negro. Não valerá a pena deitarmo-nos a adivinhar o nosso futuro
ou a esconder a cabeça na areia tentando ignorá-lo. Basta olhar para o
que está a acontecer à Grécia. Nisso tivemos sorte com a desgraça
alheia.
O governo já percebeu que é mais importante
endireitar as finanças do que fazer andar a economia. Uma vez saneadas
as contas, os amigos europeus acorrerão como o têm feito desde há 30
anos. Mas para isso não devemos hostilizá-los como os gregos têm
feito. Beware the propellors como dizem os marinheiros, sempre
avisados contra as intempéries.
Não há alternativa a Passos. Ou consegue superar
o desafio e é o maior por muitos e bons anos. Ou cai e não haverá
outro para tentar fazer o que ele não terá conseguido. Nessa altura
sofreremos na pele as consequencias dos disparates cometidos durante o
nosso passado recente e já não teremos sequer oportunidade para
responsabilizar ninguem pelo que nos acontecerá. Todos seremos
responsáveis. Os nossos filhos nos julgarão. E não serão meigos,
asseguro-lhes. A geração à rasca já hoje tem muitos ressentimentos
pelo que tem sofrido. Não sejamos masoquistas.
salvação de Portugal como nós o conhecemos desde há 900 anos. O
desmantelamento do famoso Estado social saído do PREC de 1974 com a
estrutura marxista que lhe foi imprimida por Cunhal y sus muchachos
com a cobarde abstenção de Soares e dos seus amiguetes socialistas
será o desafio que o governo Passos-Portas tem pela frente este ano
que agora começou. Espartilhado pelo MOU da troika (mas que lhe serve
de desculpa) o governo portugues vai ter uma tarefa muito dificil pela
frente se quizer efectivamente deixar obra feita. Será um pouco como
fazer omoletes sem ovos. Explico-me. Sob um pano de fundo democrático
assente numa Constituição de base marxista, o governo vai ter que
reformar pacificamente (isto é, sem reacções populares violentas) um
regime que fomenta a subsidiodependencia nacional como forma de vida
dos seus cidadãos para melhor os enquadrar politicamente. O sistema já
vem de Salazar, apenas sofreu uma viragem ideológica em 1974.
A isto soma-se o ambiente recessivo da economia
portuguesa que, se por um lado serve de pretexto para a adopção de
medidas reformistas (que de outro modo suscitariam uma imediata
reacção popular) aceites resignadamente por uma população pouco
esclarecida , por outro fomenta um desemprego crescente fruto da
dispensa de trabalhadores excedentários criando bolsas de pobres cada
vez mais carenciados que têm que ser apoiados pelo Estado. É este o
paradoxo que o governo da troika (como já é conhecido) tem que
enfrentar com a coragem do forcado e a determinação do obstinado.
O risco que o governo corre é compartilhado por
nós todos, saudosistas do PREC incluidos. Se não conseguirmos atingir
as metas que nos foram impostas na sequência do nosso pedido de ajuda
internacional (por falta de apoio popular ou por cedencia
governamental aos numerosos lobis instalados) o destino de Portugal
será negro. Não valerá a pena deitarmo-nos a adivinhar o nosso futuro
ou a esconder a cabeça na areia tentando ignorá-lo. Basta olhar para o
que está a acontecer à Grécia. Nisso tivemos sorte com a desgraça
alheia.
O governo já percebeu que é mais importante
endireitar as finanças do que fazer andar a economia. Uma vez saneadas
as contas, os amigos europeus acorrerão como o têm feito desde há 30
anos. Mas para isso não devemos hostilizá-los como os gregos têm
feito. Beware the propellors como dizem os marinheiros, sempre
avisados contra as intempéries.
Não há alternativa a Passos. Ou consegue superar
o desafio e é o maior por muitos e bons anos. Ou cai e não haverá
outro para tentar fazer o que ele não terá conseguido. Nessa altura
sofreremos na pele as consequencias dos disparates cometidos durante o
nosso passado recente e já não teremos sequer oportunidade para
responsabilizar ninguem pelo que nos acontecerá. Todos seremos
responsáveis. Os nossos filhos nos julgarão. E não serão meigos,
asseguro-lhes. A geração à rasca já hoje tem muitos ressentimentos
pelo que tem sofrido. Não sejamos masoquistas.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
PORQUÊ TANTA PRESSA?
Fala-se cada vez mais na conveniência em insistir
com a troika no alargamento dos prazos de cumprimento de certas
medidas constantes no memorando de entendimento a que nos
comprometemos. Percebe-se da dificuldade politica na imposição dessas
medidas mais dificeis, sobretudo daquelas que irão bulir com os velhos
hábitos nacionais do "nacional-porreirismo" e do "deixa andar". Não
tenhamos porem ilusões acerca da determinação dos nossos
sócios-credores no "endireitamento" do nosso modo de vida laxista e
desorganizado que alguns "patriotas" de pacotilha classificam de
"desenrascanço" tipicamente luso. É que enquanto não nos endireitarmos
(bem como os países intervencionados como o nosso) não será possivel
solucionar globalmente a questão da da dívida europeia. E quanto mais
tarde se criarem os mecanismos necessários para essa solução
definitiva e global, mais problemática se afigura a recuperação da
Europa.
A mázona da Merkel já definiu o timing deste
processo. Primeiro pôr os prevaricadores na ordem para evitar futuras
prevaricações e só depois avançar com o verdadeiro processo de
recuperação das finanças dos países em dificuldade. Ninguem gosta de
atirar o seu dinheiro para dentro de um buraco sem fundo antes de o
tapar. O risco será o do contágio sistémico a outros países ainda
equilibrados. Além dos países já oficialmente no cadafalso (vamos lá a
ver se nem todos terão que ser enforcados) começaram já outros a dar
sinais de desiquilibrio financeiro, como a Itália, a Espanha e agora a
Hungria. A questão do timing nas reestruturações está a tornar-se
assim cada vez mais premente, não no sentido do seu alargamento (como
os portugas, habituados a ver apenas as árvores desprezando a visão
global da floresta, desejam), mas pelo contrário na sua redução, para
travar o efeito de contágio a países sãos, que se está a tornar cada
vez mais ameaçador.
O "efeito" chines nascido da recente participação
chinesa no capital da EDP, que criou na convicção dos espíritos
simples dos portugas de que Portugal se poderá safar das suas
obrigações financeiras internacionais tornando-se numa Mongólia
ocidental, veio aprofundar a convicção saloia lusa de que se a Europa
não nos ajuda (ainda querem mais?) então virar-nos-emos para os
"amigos" chineses, que estão desejosos para "investir" neste país de
brandos costumes, que eles bem conhecem dos últimos anos da presença
portuguesa em Macau. Não sejamos tolos, nem saloios em demasia, mas
preocupemo-nos mais em ajudar a recuperar o nosso país para
reingressarmos na comunidade de países que constituem ainda referencia
de vida aos demais povos da terra, voltando a ser um país onde outros
desejam viver e não regredirmos aos anos 60 onde a maioria de nós
procurou vida melhor no estrangeiro.
ALBINO ZEFERINO 8/1/2012
com a troika no alargamento dos prazos de cumprimento de certas
medidas constantes no memorando de entendimento a que nos
comprometemos. Percebe-se da dificuldade politica na imposição dessas
medidas mais dificeis, sobretudo daquelas que irão bulir com os velhos
hábitos nacionais do "nacional-porreirismo" e do "deixa andar". Não
tenhamos porem ilusões acerca da determinação dos nossos
sócios-credores no "endireitamento" do nosso modo de vida laxista e
desorganizado que alguns "patriotas" de pacotilha classificam de
"desenrascanço" tipicamente luso. É que enquanto não nos endireitarmos
(bem como os países intervencionados como o nosso) não será possivel
solucionar globalmente a questão da da dívida europeia. E quanto mais
tarde se criarem os mecanismos necessários para essa solução
definitiva e global, mais problemática se afigura a recuperação da
Europa.
A mázona da Merkel já definiu o timing deste
processo. Primeiro pôr os prevaricadores na ordem para evitar futuras
prevaricações e só depois avançar com o verdadeiro processo de
recuperação das finanças dos países em dificuldade. Ninguem gosta de
atirar o seu dinheiro para dentro de um buraco sem fundo antes de o
tapar. O risco será o do contágio sistémico a outros países ainda
equilibrados. Além dos países já oficialmente no cadafalso (vamos lá a
ver se nem todos terão que ser enforcados) começaram já outros a dar
sinais de desiquilibrio financeiro, como a Itália, a Espanha e agora a
Hungria. A questão do timing nas reestruturações está a tornar-se
assim cada vez mais premente, não no sentido do seu alargamento (como
os portugas, habituados a ver apenas as árvores desprezando a visão
global da floresta, desejam), mas pelo contrário na sua redução, para
travar o efeito de contágio a países sãos, que se está a tornar cada
vez mais ameaçador.
O "efeito" chines nascido da recente participação
chinesa no capital da EDP, que criou na convicção dos espíritos
simples dos portugas de que Portugal se poderá safar das suas
obrigações financeiras internacionais tornando-se numa Mongólia
ocidental, veio aprofundar a convicção saloia lusa de que se a Europa
não nos ajuda (ainda querem mais?) então virar-nos-emos para os
"amigos" chineses, que estão desejosos para "investir" neste país de
brandos costumes, que eles bem conhecem dos últimos anos da presença
portuguesa em Macau. Não sejamos tolos, nem saloios em demasia, mas
preocupemo-nos mais em ajudar a recuperar o nosso país para
reingressarmos na comunidade de países que constituem ainda referencia
de vida aos demais povos da terra, voltando a ser um país onde outros
desejam viver e não regredirmos aos anos 60 onde a maioria de nós
procurou vida melhor no estrangeiro.
ALBINO ZEFERINO 8/1/2012
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
VÊM AÍ OS CHINESES
Para surpresa de alemães e germanófilos o governo
de Passos decidiu entregar a EDP aos chineses. Passámos por
mal-agradecidos aos olhos dos nossos parceiros-credores mas marcámos
pontos perante o mundo (e tambem junto da alguns europeus,
certamente). A decisão governamental foi não só acertada sob o ponto
de vista da gestão da coisa publica como sobretudo en termos
geoestratégicos. Com a presença interessada da China em Portugal
passaremos de país europeu periférico para ponto obrigatorio de
passagem de tecnologia e de capitais de Oeste para Leste e vice-versa.
Um pouco o que faz Singapura em relação ao Extremo Oriente. Sem os
chineses Singapura não era certamente o que hoje é.
Tomara que pressões de vária ordem que o governo
Passos vai começar a sofrer para compensar esta chinesice, dando as
outras joias a privatizar aos membros das suas várias familias
(europeia, lusófona e outras) não surtam efeito nos espíritos
deslumbrados dos nossos governantes, que só agora realizaram a
importancia das empresas publicas portuguesas a privatizar. Agora que
os chineses ganharam a EDP não faz sentido não lhes entregar tambem a
REN. Ficaremos assim com bons argumentos junto dos chineses para lhes
mostrar que poderemos ser-lhes uteis na sua estratégia de penetração
na Europa e nas Américas. Se isto trouxer mais dinheiro para fazermos
face aos nossos graves problemas de tesouraria publica, porque não?
A TAP deve ser entregue aos brasileiros na
sequencia da inteligente politica de expansão promovida por Fernando
Pinto (o Cristiano da aviação que Guterres descobriu no Brasil). Será
a única forma de evitar que Portugal desapareça do mapa da aviação
civil internacional. Passando a propriedade das rotas para os
brasileiros, Lisboa e Porto continuarão a ser aeroportos de origem e
de destino das rotas brasileiras. De outro modo o "hub" passará para
Madrid ou para Frankfurt.
Quanto às outras privatizações previstas, acho que
deveremos privilegiar quem já investiu em nós permitindo reforços de
posições capitalistas àqueles que já detêm posições nas empresas a
privatizar. A não ser que razões de natureza estratégica se imponham.
Nisto de negócios não deve haver favores. "There is no free lunches".
O BCP é vital para o sector bancário. Só se os angolanos
corresponderem às expectativas (dando garantias!) é que deveremos
deixá-los crescer. Basta de fazerem negócios com o nosso dinheiro! De
contrário mais vale entregar o sector aos espanhois. Não esquecer por
outro lado que os chineses quando decidem aterrar fazem como os
americanos: trazem tudo. Duvido assim que se ficarem tambem com a REN
(e algo mais...) prescindam de trazer para cá um dos seus bancos. Eles
só fazem gestão correntre entre eles. Para os chineses, brancos e
sobretudo portugueses, não são de fiar (Macau ainda lhes está na
memória).
Esperemos que o processo de privatizações que
começou bem continue neste registo. De contrário é mais uma
oportunidade que perderemos. E já chega de delapidar os bens de todos
em proveito só de alguns.
ALBINO ZEFERINO 2/1/2012
de Passos decidiu entregar a EDP aos chineses. Passámos por
mal-agradecidos aos olhos dos nossos parceiros-credores mas marcámos
pontos perante o mundo (e tambem junto da alguns europeus,
certamente). A decisão governamental foi não só acertada sob o ponto
de vista da gestão da coisa publica como sobretudo en termos
geoestratégicos. Com a presença interessada da China em Portugal
passaremos de país europeu periférico para ponto obrigatorio de
passagem de tecnologia e de capitais de Oeste para Leste e vice-versa.
Um pouco o que faz Singapura em relação ao Extremo Oriente. Sem os
chineses Singapura não era certamente o que hoje é.
Tomara que pressões de vária ordem que o governo
Passos vai começar a sofrer para compensar esta chinesice, dando as
outras joias a privatizar aos membros das suas várias familias
(europeia, lusófona e outras) não surtam efeito nos espíritos
deslumbrados dos nossos governantes, que só agora realizaram a
importancia das empresas publicas portuguesas a privatizar. Agora que
os chineses ganharam a EDP não faz sentido não lhes entregar tambem a
REN. Ficaremos assim com bons argumentos junto dos chineses para lhes
mostrar que poderemos ser-lhes uteis na sua estratégia de penetração
na Europa e nas Américas. Se isto trouxer mais dinheiro para fazermos
face aos nossos graves problemas de tesouraria publica, porque não?
A TAP deve ser entregue aos brasileiros na
sequencia da inteligente politica de expansão promovida por Fernando
Pinto (o Cristiano da aviação que Guterres descobriu no Brasil). Será
a única forma de evitar que Portugal desapareça do mapa da aviação
civil internacional. Passando a propriedade das rotas para os
brasileiros, Lisboa e Porto continuarão a ser aeroportos de origem e
de destino das rotas brasileiras. De outro modo o "hub" passará para
Madrid ou para Frankfurt.
Quanto às outras privatizações previstas, acho que
deveremos privilegiar quem já investiu em nós permitindo reforços de
posições capitalistas àqueles que já detêm posições nas empresas a
privatizar. A não ser que razões de natureza estratégica se imponham.
Nisto de negócios não deve haver favores. "There is no free lunches".
O BCP é vital para o sector bancário. Só se os angolanos
corresponderem às expectativas (dando garantias!) é que deveremos
deixá-los crescer. Basta de fazerem negócios com o nosso dinheiro! De
contrário mais vale entregar o sector aos espanhois. Não esquecer por
outro lado que os chineses quando decidem aterrar fazem como os
americanos: trazem tudo. Duvido assim que se ficarem tambem com a REN
(e algo mais...) prescindam de trazer para cá um dos seus bancos. Eles
só fazem gestão correntre entre eles. Para os chineses, brancos e
sobretudo portugueses, não são de fiar (Macau ainda lhes está na
memória).
Esperemos que o processo de privatizações que
começou bem continue neste registo. De contrário é mais uma
oportunidade que perderemos. E já chega de delapidar os bens de todos
em proveito só de alguns.
ALBINO ZEFERINO 2/1/2012
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