domingo, 21 de outubro de 2012

OS TRABALHOS DE HÉRCULES

Muito trabalho e agruras nos esperam ainda antes 
de podermos respirar de alivio. Estamos neste momento a atravessar o 
Rubicão, ou seja, para trás já não podemos voltar e para a frente o 
caminho ainda está cheio de espinhos e de incertezas. Cada vez menos o 
nosso destino depende de nós mas por outro lado, se nada fizermos, 
cairemos aos trambolhões pela escada do destino abaixo. O que fazer 
então? Continuar trabalhando com aqueles que nos querem ajudar (cá 
dentro e lá fora) e rezar para que os que estão como nós não estraguem 
o nosso trabalho. Refiro-me não só aos outros países intervencionados 
ou a intervencionar (nesses não temos grande capacidade de 
intervenção) mas essencialmente aos nossos conterraneos menos 
esclarecidos ou mais manhosos. Quanto aos primeiros temos que actuar 
com paciencia e perserverança, tentando chamar-lhes a atenção para o 
muito que perderão se não fizerem alguns sacrificios. Quanto aos 
outros é chegar-lhes sem piedade, denunciando e expondo publicamente 
os seus enganosos esquemas e não desarmando na luta pela verdade. 
Temos a sorte de ter um primeiro ministro sério e 
empenhado em fazer-nos sair deste imbróglio onde outros menos honestos 
e menos competentes nos meteram. Ajudemos pois o homem nesta ciclópica 
tarefa que se propôs, porque assim nos ajudamos a nós próprios. Não é 
embarcando imbecilmente nas conversas que diariamente ouvimos nas 
televisões e nos jornais criticando a acção governativa por tudo e por 
nada e repetindo os argumentos falaciosos que os jornalistas e os 
comentadores nos metem pelos ouvidos adentro que ajudamos aqueles que 
até agora se mostraram dispostos a ajudar-nos. A paciencia dessa gente 
já foi maior e receio que, a continuarmos a dar ouvidos aos velhos do 
Restelo que constantemente nos assolam, mais tarde ou mais cedo eles 
nos deixem entregues aos cães. Nessa altura já será tarde para, por 
muito que batamos no peito, alguem de bem nos acuda. 
Vem esta lenga-lenga a propósito da reacção 
desmedida, disparatada e distorcida que a classe jornalistica iniciou 
contra à intenção do governo de acabar com a agencia de noticias Lusa. 
A Lusa é um exemplo típico da forma cobarde, desleixada e 
intencionalmente enganadora dos anteriores governos de lidar com um 
problema herdado do regime anterior. Sucessora da Agencia Nacional de 
Informação do regime anterior, não foi liminarmente eliminada do 
panorama mediático portugues pois era útil ao controlo da informação 
publica nos tempos do PREC. Bastou mudar-lhe de nome, de responsáveis 
e de orientação politica. Mais tarde, com Soares e os que se lhe 
seguiram, ao desleixo generalizado como conduziram o país juntou-se o 
jeito que dava ter aos governos um canal por onde veicular para os 
jornais e televisões as disparatadas medidas que iam tomando e a 
propaganda enganosa com que intoxicaram o pobre e crédulo povo 
portugues. E assim foi criado mais um elefante branco deste regime com 
cada vez mais funcionários de favor que há muito tempo deveria ter 
sido extinto, pois numa sociedade que pretende ser democrática a 
imprensa deve ser livre e não estar sujeita a orientações governativas 
de carácter editorial. Veja-se quem manda hoje na Lusa. A velha 
jornalista comunista Diana Andringa e os seus amiguetes que 
desesperadamente aparecem diariamente nas televisões reclamando contra 
a extinção duma empresa publica que não serve para nada (senão para 
sustentar à custa do orçamento a horda de jornalistas esquerdófilos 
que ninguem quer empregar). 
Outros exemplos como a TAP (viveiro de inuteis 
que ninguem antes teve a coragem de mandar para casa) a PT, a EDP, a 
CGD, a GALP e outras grandes empresas publicas que serviram durante 
anos a fio para empregar os filhos e os afilhados inuteis dos que 
mandaram durante decadas e que hoje gastam milhões do dinheiro que 
pagamos nos impostos para sustentar essa gente. Não seria mais 
proveitoso denunciar estes casos escandalosos, que nenhum primeiro 
ministro anterior teve a coragem de enfrentar usando pelo contrário o 
expediente em proveito próprio dos seus e do dos seus amigos, em vez 
de tentar obstaculizar as medidas corajosas de regeneração publica que 
este governo está empreendendo? 

ALBINO ZEFERINO 
21/10/2012 

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