quarta-feira, 22 de maio de 2013

A LUTA CONTINUA


          Depois de um período politicamente agitado com o anuncio das novas medidas de austeridade a serem lançadas pelo governo como consequencia da "douta"decisão do grupo de abantesmas que se chamam a si próprios "juizes constitucionais", o país parece retomar o seu ritmo normal de sobrevivencia, com as habituais reacções orquestradas pela centrais sindicais (agora já menos amiguinhas pela constatação comunista do "perigo" que resultaria duma coordenação comum de acções com a nova UGT) junto da horda de descontentes com os malfadados cortes nos rendimentos da generalidade da malta.
          Corte nos salários da matilha dos chamados funcionários publicos (que de funcionários têm pouco e de publicos nada) e redução dos seus efectivos pelo menos para metade, limpeza dos professores excedentários com a sua colocação no quadro dos amovíveis (um tal Nogueira, parece que professor primário, teve a lata de dizer em publico que não havia professores a mais), rectificar os abusos na concessão de reformas (quer no numero delas, quer no montante das pensões atribuidas) são, entre outras, as tarefas indispensáveis que este governo tem que executar até ao fim do periodo desta troika.  Sem isto feito não será possivel atingirmos os racios a que nos obrigamos por acordo maioritario dos 3 maiores partidos do chamado arco da governação (os outros partidos só servem para mostrar que há contraditório).
          Tudo o resto é paisagem neste quadro trágico-cómico em que vivemos.  Que os partidecos que se consideram da oposição ( o já fora de prazo PC e os líricos bem pensantes do BE) façam todo o barulho que conseguirem dentro e fora do hemiciclo, é normal. Não é normal é que membros da coligação governamental (tambem partidecos irrelevantes em termos representativos) afinem pelo mesmo diapasão, confundindo as mentes simples dos portugueses simples (que são muitos) deixando-os sem saberem o que fazer e como reagir aos sacrificios que esta situação exige a todos sem excepção. Espero que Cavaco lhes tenha puxado as orelhas bem fortemente no recente Conselho de Estado, senão não entendo para que o convocou.

                                   ALBINO ZEFERINO                           22/5/2013

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