segunda-feira, 8 de abril de 2013
DEUS ESCREVE DIREITO POR LINHAS TORTAS
Afinal as conclusões malditas do Tribunal marcial que julga os orçamentos, que pareciam ser uma sentença de morte para o esforçado governo da pobre republica em que nos transformamos, vão servir de pretexto para finalmente o governo fazer aquilo que não fez mas que deveria ter feito. Já não há desculpas para não despachar para casa (ou para o quadro de excedentários) os 50 mil funcionários publicos que a troika vem insistindo devem ser dispensados. E se forem poucos, para o ano vão mais. Não nos esqueçamos de que mais de metade dos ditos funcionários são donas de casa frustradas que usam o tacho como pretexto para não cumprirem os seus deveres de esposas e de mães nos respectivos lares. E os perguiçosos dos maridos agradecem, pois assim ficam mais livres para não cumprirem tambem com os deveres maritais.
Tambem a necessária limpeza nas listas dos beneficiários da segurança social do Estado, retirando delas os madraços que sempre viveram à custa do Estado e mantendo nelas apenas os subsidios comprovadamente justificados, poderá agora ser feita sem complexos de esquerda. Não se justifica nem ninguem de bom senso compreenderia que um Estado falido sustente um batalhão de vadios só porque eles não querem procurar trabalho ou porque só aceitam tarefas leves e bem pagas. Essa história do subsidio de reinserção social inventada pelo macaco rabicho do Ferro Rodrigues é um poço sem fundo para sustentar os votantes no partido do ministro que concedeu o subsidio e os amigos deles. Há que acabar com estas pouca vergonhas.
Tambem a fantasia sócretina de proporcionar ensino gratuito a todos os malandros até aos 17 anos só para enquadrar a malta dos bairros problemáticos tem que acabar. Através de rusgas periódicas, frequentes e eficazes da PSP aos bairros periféricos, que detectassem os malandros que só cá estão para fazer cara a vida dos demais, para depois os recambiar para fora (do sistema, da cidade ou do país, conforme decisão do juíz) se resolveria a coisa, sem necessidade de sobrecarregar o orçamento da educação já tão explorado pelas professorecas sem talento e sem alunos que para aí vegetam dando voz ao professor primário Nogueira para desassossegar as gentes e provocar disturbios. O ministério da Educação deveria servir sobretudo para orientar a pedagogia e não para fazer o trabalho que as organizações educativas fazem melhor e mais barato do que o Estado.
Finalmente na Saude, é continuar o que se tem feito de bom. Acabar com os desperdicios nos hospitais publicos, disciplinar os médicos e aumentar as taxas moderadoras para evitar que qualquer simples dor de cabeça venha entupir as urgencias e complicar o sistema. Só falta ainda fazer pagar a quem pode (e são muitos, acreditem) as despesas de profilaxia e de terapeutica que os doentes provocam. O Estado deve acima de tudo ocupar-se da saúde publica, das epidemias, das campanhas de prevenção de doenças generalizadas, da educação das pessoas nas áreas da saude, etc. E last but not least renegociar as PPP leoninas na área da saúde. Assim se pouparia muito dinheiro.
Já sem o impacto orçamental das medidas atrás referidas mas ainda assim com algum efeito no défice publico, deveriam ser renegociadas todas as rendas (sem excepção) nos sectores da energia e dos transportes. São medidas de forte implicação psicológica e libertadoras de encargos familiares benvindos.
Muito há ainda para fazer e agora o governo já tem a desculpa do Constitucional para impor medidas duras sem que receie por isso que o povinho reaja. As conversas de Sócrates na televisão aos domingos se encarregarão de distrair o Seguro.
ALBINO ZEFERINO 8/4/2013
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