Cavaco não deve porem deixar-se embalar por esta balada (mais cómoda é certo, mas menos certeira) pondo-se á defesa ao lado do governo e não ao ataque conforme a maioria dos portugueses que o elegeu pretende. O resultado eleitoral foi bem claro. Quem não queria Alegre e a sua "frente popular" votou em Cavaco que, sem crise e com outro opositor menos dubio, não teria vencido. O presidente reeleito tem assim obrigação de criar as condições politicas para que a presente crise que afecta a generalidade dos portugueses (eu diria mesmo, mais os que votam à esquerda) possa ser ultrapassada o mais rapidamente possivel. E a receita já é conhecida de todos: baixar o défice do Estado, para o que se torna necessário baixar as despesas e aumentar as receitas. A receita foi aumentada com o aumento dos impostos, mas a despesa só não desce como tambem aumenta. Por isso os nossos credores não deixam de nos chatear. Cabe ao governo reformar decisivamente o Estado demasiado gastador para se atingir uma situação orçamental aceitável que permita a Portugal e aos portugueses sairem do enorme buraco em que se encontram. Se não o conseguir em tempo util que evite a chegada do FMI, as pessoas que reelegeram Cavaco esperam que ele, fazendo uso dos poderes constitucionais que detém, dissolva o Parlamento (cuja composição partidária actual tambem não permite a criação de alternativas governativas) e crie condições para a nomeação de um novo governo que consiga e queira reformar decisivamente o Estado tornando-o mais leve, mais util, mais moderno e portanto menos gastador de modo a que as contas publicas portuguesas sejan postas na ordem.
É só isto o que os portugueses esperam de Cavaco neste 2º mandato.
ALBINO ZEFERINO 27/1/2011
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