Em termos internos, ou seja, como vamos nós caminhar para atingirmos esse desiderato (se com este governo ou com outro, se terá ou não que passar por eleições parlamentares, qual o papel do futuro presidente na resolução deste problema vital, que tipo de alterações legislativas há que fazer, etc) é assunto que os nossos parceiros/credores têm deixado ao nosso critério até agora. Receio porem que à falta de consciencia da necessidade imperiosa de rapidamente Portugal inverter a escalada de endividamento demonstrada pelos nossos politicos (sobretudo pela oposição de esquerda) determine a chegada formal do FMI a Portugal para nos impor o caminho que nós não soubemos ou não quisemos tomar na altura certa. É claro que se isto acontece (a meu ver será inevitável a curto prazo) o governo actual não sairá muito bem na fotografia, razão pela qual tem vindo a apergoar (com a ajuda da esquerda a quem não interessam alterações estruturais no regime) que vai conseguir travar a escalada despesista sem necessidade de recurso ao FMI.
Em conclusão direi que só com a "ajuda" dos nossos credores transformados em FMI, que vão forçar-nos a reestruturar profundamente o nosso sistema economico-social que nós próprios não tivemos coragem de empreender (agora compreendem-se melhor as fugas de Guterres e de Barroso), como unica forma de pôr travão aos excessos despesistas do Estado democrático portugues, é que talvez possamos endireitarmo-nos e impedir que por nossa culpa os nossos parceiros/credores se afundem connosco. Não estivesse Portugal na União Europeia e no clube do euro, nem Nossa Senhora de Fátima nos valeria.
Sem comentários:
Enviar um comentário